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Política
Especialistas apontam que a adoção de jornadas mais curtas pode contribuir para a melhoria da saúde mental e física dos trabalhadores
Por: Camaçari Notícias
Foto: Reprodução/MDB
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a necessidade de revisar o atual regime de trabalho 6x1, propondo a transição para uma jornada 5x2. Segundo Tebet, essa mudança pode impulsionar a produtividade, reduzir o desgaste dos trabalhadores e trazer benefícios também para o setor empresarial.
Atualmente, o modelo 6x1 exige que o trabalhador cumpra seis dias consecutivos de expediente antes de ter direito a um único dia de descanso. Para a ministra, essa dinâmica compromete a qualidade de vida e impacta negativamente o desempenho profissional. "Precisamos discutir uma jornada mais equilibrada, que respeite o trabalhador e gere ganhos para todos os setores", afirmou Tebet.
A proposta de reformulação das escalas de trabalho surge em meio a debates sobre a redução da carga horária semanal. Recentemente, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de 44 para 36 horas semanais, permitindo o modelo de quatro dias de trabalho. A medida busca proporcionar mais tempo de descanso e potencialmente criar novas vagas no mercado.
Especialistas apontam que a adoção de jornadas mais curtas pode contribuir para a melhoria da saúde mental e física dos trabalhadores, além de reduzir índices de absenteísmo. No entanto, há preocupações quanto ao impacto econômico da medida, como o aumento dos custos operacionais para as empresas e o risco de crescimento da informalidade.
A discussão sobre a reformulação da carga horária dos trabalhadores segue em pauta no Congresso Nacional. O avanço da proposta dependerá do consenso entre governo, empresários, sindicatos e sociedade, visando um modelo que equilibre as necessidades do mercado com a valorização do trabalhador.
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