Angelo Coronel critica hegemonia do PT na Bahia e sinaliza possível rompimento com governo

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) criticou duramente a articulação do Partido dos Trabalhadores (PT) para ocupar a maioria das vagas na chapa majoritária baiana em 2026. Durante entrevista à rádio 95 FM, de Jequié, nessa quarta-feira (23), o parlamentar afirmou ser “inadmissível” que o PT tente preencher três das quatro vagas da composição eleitoral e comparou a postura da sigla a um modelo de “domínio absoluto”.

“É inadmissível o PT querer ocupar três cargos da chapa majoritária e, se o MDB se abrir, até os quatro. A política é feita de alianças. Ninguém pode achar que pode montar uma chapa inteira sozinho”, disse Coronel. Ele também ironizou a força política da atual gestão estadual: “O governo Jerônimo não é essa Coca-Cola toda”.

O senador baiano ainda sinalizou que o PSD pode deixar a base aliada caso o partido seja excluído das decisões sobre a chapa. “Somos aliados, mas alianças têm prazo de validade. Se o grupo que está no poder quiser excluir o PSD, vamos reavaliar nossa posição com o diretório estadual e nacional”, declarou.

Nos bastidores, cresce a especulação sobre uma possível migração de Coronel para a oposição, especialmente diante da possibilidade de o senador ser preterido em favor do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Nomes próximos ao senador afirmam que ele tem intensificado contatos com opositores ao governo Jerônimo e feito críticas reservadas à atual gestão.

A proposta defendida por lideranças do PT, como o senador Jaques Wagner e o presidente estadual da sigla, Éden Valadares, é que a chapa de 2026 inclua o atual governador Jerônimo Rodrigues, Rui Costa e o próprio Wagner.

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