Candidato a prefeito, Sócrates Magno apresenta propostas para melhorar Camaçari

(Foto: Reprodução)

É muito comum ser questionado em entrevistas, reuniões, lives, sobre o que seria a primeira providência que teríamos, caso fôssemos eleitos para ocupar a cadeira de prefeito de Camaçari. É uma pergunta comum, em que se espera que venha em forma de uma ação direta, um decreto, um projeto específico, mas costumo responder que não existe uma fórmula mágica para se resolver os problemas, ainda mais em uma cidade como a nossa. Cidade que vive um colapso social e político. Mas costumo responder que nossa “primeira” missão, por assim dizer, seria a de pacificar a nossa cidade.

Pacificar ganha, basicamente, três conotações. Primeiro, a de resolver a questão da violência urbana, que faz com que Camaçari seja o 10º município mais violento do Brasil. Não há geração de emprego e renda, investimentos econômicos diretos, que alcancem uma cidade em que mata-se e morre-se, tanto. Para isso, políticas públicas de educação, arte, cultura esportes, economia solidária, urbanização social para que a sensação e terra de ninguém seja reduzida e que as famílias, a juventude, o comércio possa respirar, em uma cidade mais humana e que haja paz.

Uma segunda leitura dessa pacificação é romper com essa polarização entre os dois grupos que dominam a cidade desde os anos 70. Assim, poderíamos dar continuidade às ações de ambos, sem a questão das vinganças. Lugares com a Cidade do Saber, o antigo Camelódromo e outras obras prometidas ou realizadas por um grupo, mas que foram sucateadas por outros, teriam continuidade e melhoria, uma vez que o nosso objetivo não é tentar apagar o que foi feito por outras gestões, mas torná-las eficazes, uma vez que foi gasto dinheiro público para serem realizadas.

O terceiro aspecto, diz respeito à pacificação das pessoas mesmo. São décadas de discórdia sendo semeada e cultivada entre amigos, famílias, comerciantes, artistas, associações de bairros, comerciais. Pessoas que são enquadradas em um grupo ou outro, que quando estão no poder, perseguem ou concedem privilégios, dependendo dos posicionamentos eleitorais de cada um. Precisamos acabar com essa ideia de artista do grupo A ou B; empresários de oposição ou situação, figuras públicas que são competentes, merecem respeito, mas que passam dificuldades por não terem apoiado quem está no poder, enquanto gente sem qualificação ocupam cargos, pois são ligados a quem está com a “caneta na mão”.

Para isso, precisamos unir o nosso povo e dar a resposta nas urnas para que a Prefeitura Municipal de Camaçari seja de todo mundo. De cada pessoa que habita o nosso território. E não, de grupos de escolhidos, em detrimento de todo o conjunto da sociedade. Assim, nossa cidade poderá respirar novos ares, pensar seu futuro, dar as mãos para que possamos sair do atraso, da desigualdade social e podermos sonhar com uma nova geração que vá ocupar os espaços políticos e renovar, arejar, trazer novas perspectivas para a nossa cidade.