Defesa Civil e geólogos federais vistoriam áreas de risco em praias de Camaçari

(Foto: Jean Victor)

A Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Camaçari (COMPDEC), junto com o Serviço Geológico do Brasil da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB-CPRM), seguem fazendo o levantamento setorial em áreas de risco no município. Na tarde desta sexta-feira (11/11), as equipes cumpriram o cronograma da última etapa dos trabalhos, com visitas às praias de Arembepe, Jauá e Barra do Jacuípe, para verificar risco de erosões marítimas, provocadas pelo movimento da água dos mares, rios, ou pelos ventos.

Para Ivanaldo Soares, coordenador da Defesa Civil, os trabalhos que os geólogos do  SGB-CPRM realizaram ao longo de quinze dias, mapeando as regiões da sede, costa e zona rural do município, são de grande valia, uma vez que, "com os potenciais riscos identificados, podemos desenvolver ações para evitar ocorrências graves". O coordenador ainda comentou que, "em posse dos relatórios das vistorias, será possível buscar, junto aos órgãos federais, recursos que serão aplicados para prevenção de acidentes geológicos".

O pesquisador de Geociência e geólogo do SGB-CPRM, Fernando Cunha, comentou sobre a importância das vistorias nas áreas de risco de erosão marítima, e fez observações sobre o que verificou em Arembepe. "As visitas às localidades e o levantamento dos riscos, são importantes para deixar os moradores informados. Em Arembepe, por exemplo, observamos que a erosão é provocada pelo deslocamento das ondas, que estão tirando sedimentos de pontos, onde tem residências, e deixando espaços vazios, o que potencializa impactos ambientais naturais", alertou.

Além dos levantamentos relacionados às erosões marítimas, correspondente à terceira etapa dos trabalhos, as equipes também incluíram visitas em localidades que apresentam movimentação de massa, como morros e encostas; e riscos hídricos, onde acontecem alagamentos e enchentes nos períodos de muitas chuvas, a exemplo das comunidades ribeirinhas. Todas as informações coletadas serão catalogadas em um relatório e registradas em mapa geográfico. "Com os documentos elaborados pelos geólogos, poderemos aprimorar nosso mapeamento, e ampliar nossa área de atuação. Este trabalho é um tesouro para nós", comentou Ivanaldo.

Com a parceria firmada entre Defesa Civil e o órgão federal, novos projetos estão previstos para os próximos meses, como o curso de área de risco setorial, que será ministrado pelos técnicos do órgão federal. "Encaminhamos um ofício para SGB-CPRM, a fim de formalizar nossa solicitação pela capacitação. Não só a Defesa Civil vai participar, mas também a Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STT), Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)", finalizou o coordenador.