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Laudo aponta que água em Areia está contaminada há nove anos; empresa Tronox é citada

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Laudo aponta que água em Areia está contaminada há nove anos; empresa Tronox é citada

No entanto, apesar do TAC, a Tronox não forneceu laudos comprovando a conformidade.

Por: Camaçari Notícias

(Foto: Dimitri Argollo Cerqueira)

A comunidade de Areias, na orla de Camaçari, enfrenta há quase uma década um grave problema de contaminação de água por metais pesados. De acordo com um relatório de 2014 da Secretaria de Saúde de Camaçari, baseado em um estudo realizado pela Fundação José Silveira, a água consumida pela comunidade continha níveis intoleráveis de ferro, titânio, alumínio, bário, bromo, manganês, chumbo, cobalto, níquel, cromo e sulfato de cromo. Estes materiais são conhecidos por serem utilizados pela Tronox na fabricação de pigmentos industriais.

Em 2013, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado com o Ministério Público (MP), prometendo interromper o lançamento de metais pesados no solo local, uma prática que resultou na contaminação do lençol freático da comunidade de Areias.

No entanto, apesar do TAC, a Tronox não forneceu laudos comprovando a conformidade. Em vez disso, a empresa apresentou licenças emitidas pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a mais recente de 2018.

A Procuradoria Regional do MP em Camaçari deu um prazo de 15 dias, a partir do dia 19, para que a Tronox apresente estudos de análise da água, solo e poluição atmosférica. Em seguida, o Inema também será notificado para apresentar os laudos que apoiaram a concessão das licenças ambientais.

No documento enviado pelo Secretaria de Saúde de Camaçari ao MP, constatou-se que a qualidade da água consumida pela comunidade está comprometida, incluindo a presença de altos níveis de coliformes fecais, que podem ser atribuídos à falta de saneamento adequado na área.

Ainda assim, o relatório considerou impraticável interditar os poços que forneciam água à comunidade na época, citando a "intermitência do fornecimento de água por parte da Embasa". Foi orientado que os moradores não usassem a água desses poços para consumo humano, mas a Tronox não foi obrigada a fornecer água potável em sua ausência. A situação deixou a comunidade de Areias em uma situação precária, forçando-os a depender de uma fonte de água comprovadamente contaminada.

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