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Empresário desafia montadora chinesa em disputa pelo futuro da antiga fábrica da Ford
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Empresário entra na disputa pelo terreno da Ford em Camaçari.
Por Camaçari Notícias
(Foto: reprodução/Ford)
O empresário Flávio Figueiredo Assis está planejando tomar medidas legais contra a montadora chinesa BYD e o governo do estado da Bahia. Ele alega que existe uma brecha legal que pode ser explorada para contestar o direito de uso do terreno onde antes funcionava a fábrica da Ford, em Camaçari.
Assis, proprietário da Lecar, tem o objetivo de fabricar veículos elétricos na Bahia. Ele está considerando a possibilidade de iniciar procedimentos judiciais para impedir que a operação da BYD comece sem que todas as condições estipuladas no contrato de cessão do terreno sejam cumpridas. "Vou lutar com todas as minhas forças para proteger um recurso nacional", declarou em uma entrevista ao Jornal Correio. Ele acrescentou: "Além disso, o terreno já está sendo ocupado por chineses, o que pode prejudicar a própria BYD, evidenciando um favorecimento por parte do governo estadual."
O interesse de Assis pela área da Ford surgiu recentemente, quando ele visitou a antiga fábrica para inspecionar equipamentos utilizados na produção de veículos. A Lecar está atualmente construindo sua própria fábrica em Caxias do Sul (RS). "Esses equipamentos estão sendo anunciados no mercado, então fui verificar. No entanto, não sei quem está vendendo, se é a BYD, a Ford ou o governo", criticou. Sua curiosidade o levou a investigar a relação entre a BYD e o governo estadual, onde descobriu que o processo de seleção de uma empresa para ocupar o terreno da Ford ainda estava em andamento.
"Eu não estava ciente de que a competição ainda estava aberta. A BYD e o governo anunciaram que já havia sido encerrada. Se a BYD afirma que é deles, então é deles. Foi uma sorte. Eu fiz uma pesquisa e encontrei o decreto no Diário Oficial do Estado. Tudo bem, é legal. Mas se fosse publicado em um veículo nacional, poderia ter recebido mais atenção e atraído mais interessados", disse. "Para mim, foi uma manobra de marketing para evitar a concorrência", acrescentou.
O decreto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) estabeleceu o prazo de 28 de fevereiro para a manifestação de interesse na ocupação da área para a produção de veículos elétricos no estado. No último dia do prazo, Assis expressou seu interesse à SDE. Ele afirma que, de acordo com as regras do edital, ele e os outros concorrentes têm 180 dias para apresentar um plano de desenvolvimento para o terreno à secretaria.
O empresário afirma que seu plano oferecerá melhores contrapartidas do que as propostas pelos chineses. No entanto, ele não revelou sua oferta, argumentando que itens como investimento e criação de empregos devem ser mantidos em sigilo, pois são critérios avaliados pela SDE na escolha do vencedor. A BYD anunciou publicamente, com uma cerimônia no Farol da Barra na presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT), um investimento de R$ 3 bilhões em cinco anos e a criação de 5 mil empregos.
"Posso afirmar que vou investir pelo menos R$ 4 bilhões inicialmente e que vou gerar três vezes mais empregos do que a BYD, porque vou fabricar. Eles trarão componentes da China e apenas farão a montagem aqui", comparou. "Está claro que a estratégia deles é uma operação CKD (Complete Knock-Down, apenas montagem das peças). Os equipamentos da Ford estão novos e poderiam ser utilizados. Ninguém começa uma fábrica de automóveis do zero com apenas R$ 3 bilhões em cinco anos", criticou Assis.
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