Enfermeira denuncia colega de trabalho por racismo em Camaçari

Uma enfermeira de 45 anos denunciou uma colega de trabalho por racismo. O caso aconteceu no dia 22 de dezembro, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Phocs, em Camaçari. Segundo a enfermeira, não havia qualquer desentendimento prévio entre elas.

"Fui chamada de escrava, ela disse que eu não deveria está ali e sim no tronco, levando chibatadas. E ainda disse que seu eu tomasse banho, que iria soltar a tinta e que eu deveria trabalhar por nós duas. Em que mundo nós estamos?", quastionou a vítima.

Ela informa que levou o caso à coordenação da UPA, mas, segundo ela, a gestora não tomou medidas efetivas. "Mesmo ciente da situação, a coordenadora permitiu que eu continuasse trabalhando com ela. Não houve um diálogo formal, apenas uma menção no corredor de que a colega tinha confessado o que falou. Pedi o relatório com a confissão, mas me foi negado. Disseram para eu buscar os meus direitos," afirmou a enfermeira.

Sentindo-se desamparada, a enfermeira formalizou a denúncia na 18ª Delegacia Territorial de Camaçari, acompanhada de seu advogado.

Defesa da denunciada

De acordo com o site PS Notícias, a colega acusada de racismo, pediu desculpas e afirmou estar arrependida. Segundo ela, o comentário ocorreu durante um plantão intenso na UPA e foi feito como uma "brincadeira", sem a intenção de ofender. Ela alegou que o comentário não foi direcionado exclusivamente a denunciante, mas a todas as colegas presentes no momento, justificando que estava cansada.

A investigação do caso segue em andamento.

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