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Prefeitura consegue acordo com Estado para adiar interdição dos leitos do HGC

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Prefeitura consegue acordo com Estado para adiar interdição dos leitos do HGC

Atualmente o HGC possui 18 leitos fixos de urgência e emergência

Por: CN com Assessoria de Comunicação

(Foto: Reprodução)

A população de Camaçari foi surpreendida na manhã da segunda-feira (19) com a notícia de que o governo do Estado iria interditar mais da metade dos leitos de urgência e emergência da unidade para iniciar uma reforma. A notícia foi dada pelo secretário de Saúde de Camaçari, Elias Natan que, ao saber da informação, se reuniu na semana passada com os diretores do HGC numa tentativa de impedir a interdição.

Atualmente o HGC possui 18 leitos fixos de urgência e emergência. Contudo, esse número chega a 60 leitos de urgência e emergência flutuantes. “O que eles querem fazer é retirar todos os leitos flutuantes e deixar apenas 20 leitos. Isso irá sobrecarregar não apenas a rede de urgência e emergência de Camaçari como de todos os municípios que são referenciados pelo HGC”, explica Elias Natan.

Após conversar com a diretoria do HGC, que informou que a interdição para reforma se daria no dia 04 de setembro, Elias Natan se reuniu com o prefeito Elinaldo que imediatamente solicitou uma audiência com o governador do Estado, Rui Costa, e o secretário de Saúde do Estado, Fábio Villas Boas, para discutir o assunto.

A reunião aconteceu no final de tarde essa segunda-feira, no gabinete da SESAB, e contou com a presença da subsecretária de Saúde do Estado, Tereza Cristina, o prefeito Elinaldo, o secretário de Saúde de Camaçari, Elias Natan, o secretário de Saúde de Dias D’ávila, Caio Clessio Silva Cardoso, o vereador licenciado e secretário de Habitação de Camaçari Júnior Borges, os vereadores governistas Jorge Curvelo, Zé do Pão e Pr. Neilton, e os vereadores da bancada da oposição.

Durante a reunião o secretário Elias Natan apresentou a subsecretária Tereza Cristina a necessidade do Estado realizar a reforma sem a interdição dos leitos ou a apresentação de um plano de ação que garanta medidas reais para que a interdição não acabe sobrecarregando a rede municipal de urgência e emergência e penalizando a população.

Antes de aceitar a sugestão apresentado pelo secretário Elias Natan e o prefeito Elinaldo, adiando a interdição e início da reforma até a apresentação de um plano de ação explicando ainda qual o outro hospital de referência que receberá os pacientes que excederem o número de leitos do HGC, a subsecretária tentou argumentar que 70% dos casos recebidos na urgência do HGC são pacientes de classificação de risco verde e azul. Tentando dizer que esses pacientes não são o perfil do hospital. Numa tentativa de justificar a interdição e jogar a responsabilidade para cima do município.

Em resposta, o secretário de Saúde, Elias Natan afirmou que a justificativa da subsecretária era contraditória, uma vez que mais de 70% dos casos recebidos pelas UPAS do município são verdes e azuis e que não é raro pacientes de classificação amarela e vermelha aguardarem mais de 15 dias ou até 30 dias internados nas UPAs para serem transferidos para o HGC por falta de leitos de urgência e emergência na unidade estadual. “Essa justificativa não podemos aceitar. Isso é querer jogar para cima dos municípios uma responsabilidade que é do Estado e ele não consegue cumprir”, destaca Natan.

Ao final da reunião foi ratificado o acordo de que a interdição dos leitos não acontecerá até a apresentação de um plano de ação aos secretários de Saúde de todos os municípios que são referenciados pelo HGC e a aprovação deste plano. A apresentação deve acontecer até a semana que vem conforme previsão do governo do Estado.

“Nós temos feito todos os esforços possíveis para garantir um atendimento digno a nossa população requalificando unidades de saúde, ampliando a cobertura de saúde da família, ampliando nossa rede conveniada de exames e consultas, construindo uma UPA Pediátrica, reformando e ampliando o PA Dr. Artur Sampaio em Abrantes, colocando a UPA de Arembepe para funcionar em sua totalidade, dentre tantas ações. Não podemos permitir que decisões como essa do Estado, interditando os poucos leitos que existem no HGC, venha prejudicar nossa gente”, finalizou Elias Natan.

Fonte: Ascom/Sesau

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