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Gestantes esperam, e cadê a maternidade de Camaçari que não chega?

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Gestantes esperam, e cadê a maternidade de Camaçari que não chega?

Por: Camaçari Notícias

 

 

 

 

Mais de três anos se passaram desde que a população de Camaçari recebeu a boa notícia, de que a cidade receberia a primeira maternidade municipal, do Programa Rede Cegonha do Governo Federal. Verba liberada, projeto pronto, licitação aprovada, espaço definido (em frente ao HGC) e, até a presente data, nada de maternidade.



Enquanto a tão esperada unidade de saúde não chega, restam às mamães de Camaçari ter seus filhos no Hospital Geral do município, que recebe parturientes de diversas cidades da Região Metropolitana. Quem conhece a realidade do setor de partos do HGC, sabe que as condições do local não são das mais adequadas para o nascimento de um bebê, porém, para muitas grávidas, esta ainda é a única alternativa, como é o caso de Lidian, que está gravida de 7 meses do seu terceiro filho.



A gestante lamenta que o município ainda não tenha uma maternidade, e diz temer parir no HGC. Ela contou que nos partos em que teve seus primeiros filhos, tudo correu bem, mas acredita que a realidade é outra, e acrescentou: “Até 2007 era tudo bem, mas depois as coisas mudaram. Hoje, não se pode nem chamar aquilo ali (HGC) de hospital”.



Taís está grávida de seis meses. Este é seu terceiro filho. Ela também afirma que não tem o que dizer de ruim do HGC, quando teve os filhos em anos anteriores. Mas, sobre o agora, ela afirma: “Estou assustada. Infelizmente não tenho plano de saúde, e ainda que fizesse um hoje, não haveria carência. Com certeza, se fosse possível, tentaria. Tudo para fugir do HGC.




Tai Campos, moradora do bairro Lama Preta, há três meses teve sua segunda filha. Ela contou que, por conta própria procurou a maternidade Iperba em Salvador, onde o bebê nasceu. Também nasceu nesta maternidade sua primeira filha. Tai concluiu dizendo: “A maternidade para as gestantes não seria só um sonho, seria um respeito às novas vidas que estão chegando, porque o parto é único, ainda que não tenhamos um filho só”. 




“Uma maternidade em Camaçari é fundamental. As grávidas precisam de atendimento diferenciado, coisa que no HGC não tem. Infelizmente, só tele ele aqui. É para lá que vou quando for dar a luz a meu bebê”, declarou Maiquele, moradora do bairro 46, grávida de 5 meses.



À espera do primeiro filho Brian, Michele, grávida de 7 meses, terá seu bebê em um hospital particular do município. Ela afirmou que se não fosse o convênio daria um jeito. “Caso tivesse a maternidade, eu optaria em ter meu filho lá, por ser um espaço especializado em partos. Se não fosse o convênio, buscaríamos alternativas, mas Geral não”.




A pequena Manoela deverá nascer na capital baiana, conforme planeja a futura mamãe Daiane. Grávida de sua primeira filha, a gestante afirmou que gostaria muito que a maternidade de Camaçari já fosse realidade e completou: “Se tivesse maternidade aqui, eu não precisaria me deslocar para outra cidade, para ter meu bebê. Com a maternidade, seria bem diferente”. 


QUANDO NASCEU O PROJETO...

Em janeiro de 2012 foi divulgado que o Ministério da Saúde havia liberado verba de 15 milhões para a construção da maternidade municipal de Camaçari, que com investimentos do Governo do Estado da Bahia, somariam 25 milhões de reais. Em outubro do mesmo ano o prefeito Ademar declarou durante discurso que a licitação da obra sairia no mês seguinte, ou seja, em novembro. 


Um ano depois, enquanto assinava Lei Municipal 1.284/2013 que garante às gestantes, direito a um acompanhante durante o parto, Ademar confirmou que as obras já poderiam começar, quando disse: “O projeto já foi licitado”.


Estamos em 2015 e, enquanto a maternidade não chega, as grávidas esperam. Apesar do medo, preferem continuar confiando que vai dar tudo certo, para as elas e seus filhinhos.

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