Trabalhadores da empresa alemã Basf paralisam as atividades

 

Funcionários da empresa alemã Basf, localizada no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), decidiram cruzar os braços por um dia nesta quinta-feira (03). 

“Desde cedo a fábrica está parada, ninguém está trabalhando. Não houve rendição do turno e os trabalhadores do setor administrativo foram liberados e já estão nas suas residências”, explica o diretor do Sindiquímica,  Carlos Itaparica. Houve bloqueio nos portões de entrada e saída, impedindo a circulação das carretas que levam os produtos químicos.

Em duas semanas de mobilizações já somam cerca de dez fábricas paradas por um dia pelo sindicato desde que iniciou o movimento, no dia 24. Oxiteno, Elekeiroz, Deten, Monsanto, Estireno, Acrinor e duas unidades da Braskem tiveram as atividades paralisadas. A adesão da categoria ao movimento tem sido total.

Em campanha salarial desde setembro, os petroquímicos pressionam as empresas para que retomem as negociações suspensas desde outubro. A categoria reivindica também reajuste salarial igual ao oferecido aos petroquímicos em São Paulo que foi de 10,33%.

“Ano passado, a Convenção Coletiva da categoria deixou de ser assinada porque não houve acordo entre o Sinpeq (sindicato patronal) e o Sindiquímica,  será que em 2015 também passaremos por isso?”, questiona Carlos Itaparica. 

A estratégia do sindicato é parar uma por uma todas as empresas do Polo de Camaçari até atingir o objetivo que é de pressionar o patronato a retomar as negociações. Se isso não acontecer, o Sindiquímica ameaça greve dos trabalhadores petroquímicos por tempo indeterminado.