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Salvador
Ele fingiu que precisava medir móvel para entrar no apartamento da vítima.
Por: Pesquisa Web
(Foto: reprodução)
Acusado pela morte de uma idosa dentro do apartamento dela no Itaigara, Max William Simões Santos foi condenado na quarta-feira (5) a quase 28 anos de prisão pelo crime, que aconteceu em maio deste ano. A informação é do Jornal Correio*
A bancária Rita Maria Britto Fragoso e Silva, de 62 anos, foi assassinada no dia 12 de maio. O corpo foi achado dois dias depois por um sobrinho que estranhou a falta de contato da tia. O acusado foi preso no dia 19 de maio no bairro do Arraial do Retiro.
A decisão sentenciou Max William a prisão por 27 anos, 11 meses e 25 cinco dias, além do pagamento de 287 dias-multa, cada um equivalente a um trigésimo do salário mínimo. Ele deve iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.
Na decisão, o juiz Ricardo Schmitt, da 12ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, diz que as ações do réu, que confessou o crime, "demonstram a brutalidade e a frieza de sua ação", considerando que ele cometeu o crime usando meio cruel, por ter usado ainda um fio de carregador para enforcar a vítima, que já estava ferida. Outro agravante é o fato da vítima ter mais de 60 anos. A confissão espontânea do réu foi considerado um atenuante.
O réu alegou que cometeu o crime para conseguir dinheiro e pagar uma dívida que tinha com um agiota. "Portanto, a motivação foi para pagamento de um negócio ilícito, situação que exige resposta penal superior ao acusado", considerou o juiz.
O juiz destaca ainda que a vítima reconheceu o prestador de serviço, conversou com ele e abriu a porta da casa para ele. "O denunciado se aproveitou da confiança que ganhou da vítima para prática da infração penal", diz. "O fato de o crime ter sido praticado no interior da própria residência da ofendida, ambiente de sua segurança, conforto e tranquilidade, tornou também a reprovabilidade da conduta do acusado mais reprovável e acentuada".
Por fim, a decisão cita o abalo que o crime resultou na família da vítima. O sobrinho que encontrou a idosa morta contou ter ficado em estado de choque. O empregador do réu, responsável pelo serviço que ele fez na casa da idosa, contou que precisou tomar medicação para pressão depois do crime.
Crime
Max já tinha prestado serviços de marcenaria para a vítima, contratado através de uma empresa. Depois, ele voltou lá por conta própria e conseguiu entrar no prédio depois que um morador deixou o portão aberto - câmeras mostraram o momento. Ele ficou aguardando Rita chegar e depois tocou no apartamento dela, dizendo que precisava fazer uma nova medição de um móvel.
Já dentro do apartamento, ele anunciou o assalto. Ele obrigou a idosa a fazer uma transferência Pix para ele, mas não ficou satisfeito com o valor e exigiu mais. O agressor deu uma gravata na vítima, que ficou desacordada. Depois, ao notar que que ela estava levantando, passou a esganá-la. Por fim, o homem pegou uma faca na cozinha e a esfaqueou até a morte.
Ele roubou um celular, um notebook, R$ 200 da transferência e ainda cartões e documentos da idosa.
Os eletrônicos foram revendidos pelo acusado e depois recuperados pela polícia. Já os cartões foram usados para fazer várias compras na internet, incluindo um berço, uma cômoda e até piso para trocar no imóvel. Ele também pagou uma consulta odontológica e fez compras em uma farmácia com cartões da vítima.
Natural de Jequié, Rita viveu durante muitos anos em Portugal, mas tinha voltado ao Brasil havia sete anos.
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