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Salvador
Lavagem será realizada na quinta-feira (12), terá cortejo e aglomerações.
Por: Pesquisa Web
(Foto: Betto Jr./Arquivo CORREIO)
A próxima Lavagem do Bonfim terá cortejo, multidões e uma programação que vai começar no dia 5 e terminará no dia 15 de janeiro. Os detalhes de um dos principais eventos do calendário litúrgico foram apresentados nesta quarta-feira (21). No ano passado, a festa foi suspensa por conta da pandemia, a imagem percorreu as ruas da cidade em uma viatura do Corpo de Bombeiros, mas sem as tradicionais aglomerações. A informação é do Jornal Correio*
O cortejo seguirá a tradição de ser realizado na segunda quinta-feira do ano, desta vez em 12 de janeiro, mas as celebrações começam antes. No dia 5, às 19h, será realizada uma novena preparatória para a festa. Essa cerimônia será repetida até o dia 14, sempre às 19h.
No dia 11, véspera da festa, a imagem do Senhor do Bonfim vai deixar a Basílica e seguirá em procissão marítima até a igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Na quinta-feira (12), haverá alvorada e às 7h terá início a tradicional procissão. Esse ano festa vai homenagear os 100 anos de composição do Hino ao Senhor do Bonfim.
O reitor da Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, Edson Menezes, relembrou a importância do hino. "A letra e a música foram compostas para lembrar os 100 anos dos feitos heroicos da luta do povo baiano contra os portugueses e que contou com a intercessão do Senhor do Bonfim", explicou.
Para celebrar a canção, durante a novena, diversos grupos e atrações cantarão o hino, ao invés da tradicional Ave-Maria. Entre os nomes já confirmados está o da cantora Juliana Ribeiro.
Pandemia
Em 2021, após mais de dois séculos de realização, a Lavagem do Bonfim teve a programação totalmente modificada. Primeiro, a imagem saiu da Paróquia Nossa Senhora da Vitória. Segundo, por causa da pandemia do coronavírus, fiéis não puderam fazer a tradicional caminhada que sai da Conceição da Praia, no Comércio, até a Basílica, no Bonfim. Terceiro, os políticos não foram.
Os santos observaram incrédulos os bancos vazios da Basílica na primeira missa. Com as portas fechadas, o silêncio dentro do templo era ensurdecedor. Quando a celebração começou, às 7h20, apenas o padre e devotos da irmandade participaram, cenário bastante diferente do tumulto que se forma na festa tradicional.
Do lado de fora, o perímetro entorno da Colina Sagrada estava fechado. Pórticos montados no pé do morro e controlados por guardas municipais e outros servidores públicos impediam o acesso do público às duas ladeiras que levam à igreja para evitar aglomerações. Sem querer arredar o pé muitos fiéis ficaram, mas para fugir do sol se abrigaram nas sombras das árvores no gramado.
Na parte de cima da Colina Sagrada, em frente à mansão da misericórdia, moradores que conseguiam se aproximar manifestaram a fé com orações de pé à frente da grade coberta de fitinhas ou de joelhos nos degraus do templo. As celebrações incluíram uma homenagem às vítimas da covid-19 no Brasil, um painel com fotos de pessoas que morreram por complicações provocadas pela doença, um minuto de silêncio e orações aos mortos e aos sobreviventes da pandemia.
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