Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
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Salvador
Homem de 39 anos tinha passagens por furto, roubo e receptação.
Por Pesquisa Web
Corpo encontrado no Porto da Barra. (Foto: reprodução/Jornal Correio)
O homem que foi achado morto dentro de um isopor na manhã do domingo (30), no Porto da Barra, foi identificado como Uziel Silva da Hora. Segundo a Polícia Civil, ele tinha 39 anos e já tinha passagens por furto, roubo e receptação.
A polícia investiga se o crime aconteceu na Barra de fato ou o corpo foi apenas desovado no local. Testemunhas estão sem ouvidas e diligências estão sendo feitas para identificar circunstâncias, autoria e motivações do crime.
Moradores da região dizem que os episódios de violência no bairro têm ligação com uma disputa por pontos de drogas.
Uma moradora, que prefere não revelar seu nome e vive em frente ao Porto da Barra, conta que a movimentação de traficantes é constante. "Como a área é turística e a segurança é frágil, eles sempre estão por aqui vendendo droga. Tanto para quem é daqui como para os turistas. O Porto é muito movimentado, então é um ponto que rende e, por isso, ficam brigando para ver quem domina a área", relata ela.
Apesar das facções do Bonde do Maluco (BDM) e do Comando Vermelho (CV) protagonizarem uma guerra em diversos bairros de Salvador, como Tancredo Neves, quem mora na Barra não sabe informar quais seriam os grupos envolvidos nos episódios de violência no bairro. Sobre o homem encontrado no isopor em meio ao lixo, quem trabalha no local afirma que via ele na região da praia regularmente.
"O nome eu não sei, mas via ele direto aqui rodando sozinho e também com outros homens. Não sei de envolvimento dele com tráfico, ele só vivia na região mesmo, era alguém que frequentava muito", diz um barraqueiro que se surpreendeu ao chegar na praia cedo e se deparar com a retirada do corpo feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Ele é outro que não fala o nome por medo de represálias.
Pessoas em situação de rua do bairro, porém, garantem que o caso se trata de um resultado de mais um conflito entre grupos criminosos. "Todo mundo vê e pensa que é morador de rua brigando, mas aqui não está tendo isso. Esse cara não vivia na rua, na certa alguém de outra facção deu de cara com ele, matou e colocou aí. Só não deve ter colocado no lixo porque não coube o corpo dele", fala um homem, que dorme nas imediações do Porto.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência armada em Salvador e Região Metropolitana (RMS), a Barra registrou, até a última sexta-feira (28), quatro tiroteios, dois mortos e dois feridos em 2023. Fonte: Jornal Correio*
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