Publicidade da Ypê causa polêmica por suposto racismo em Salvador

Em Salvador, na movimentada Avenida Oceânica em Ondina, uma peça publicitária da marca de produtos de limpeza Ypê tem provocado intensas discussões e acusações de racismo. O foco da controvérsia é uma imagem colocada em um ponto de ônibus próximo ao antigo Bahia Othon Palace, mostrando a Mãozinha, personagem icônico da Família Addams, segurando um desengordurante da empresa.

A polêmica ganhou força nas redes sociais após a professora Bárbara Carine, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), publicar um vídeo intitulado “A mão visível do racismo”. Nele, Carine critica a representação de “uma mão negra segurando um produto de limpeza” e questiona a escolha de cores e representações em publicidades, fazendo um paralelo com a seleção de cores para lápis de cor e a representatividade na sociedade.

A repercussão do vídeo foi significativa, alcançando mais de 30 mil curtidas e gerando cobertura em diversos veículos de imprensa, incluindo o Metro1, que destacou a acusação de racismo contra a campanha publicitária. A discussão levanta questões importantes sobre representatividade e sensibilidade racial na publicidade brasileira, chamando atenção não apenas para a escolha de imagens em campanhas, mas também para a forma como essas escolhas refletem e influenciam percepções sociais e culturais.

A situação em Ondina destaca a necessidade de uma maior conscientização e responsabilidade por parte das marcas e agências de publicidade na representação de diferentes grupos e identidades em suas campanhas. Até o momento, não houve um posicionamento oficial da marca Ypê ou da Prefeitura de Salvador sobre as acusações.

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