Sob forte comoção, menina encontrada morta após sofrer abuso sexual é enterrada em Salvador

O corpo de Aisha Vitória Santos da Silva, de 8 anos, que foi estuprada e assassinada por um vizinho em Salvador, foi enterrado nesta quarta-feira (24) no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo. O velório ocorreu na terça-feira (23) na igreja batista local e contou com a presença de muitos familiares e amigos. A mãe da menina precisou ser socorrida pelo SAMU durante o velório devido ao estado de choque.

O velório da menina começou ainda na terça-feira (23), na igreja batista da comunidade onde Aisha morava, e seguiu até às 2h da madrugada. Tanto o velório quanto o enterro da criança foram acompanhados por muitos familiares, amigos e vizinhos. A mãe da Aisha precisou ser amparada em muitos momentos e chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), porque passou mal durante o velório.

O suspeito foi preso em flagrante ainda na terça, mesmo dia em que o corpo da menina foi encontrado, abandonado a poucos metros da casa da família. À polícia, o homem confessou o crime e admitiu em depoimento que violentou sexualmente a criança. Ainda para a polícia, o suspeito também falou de outros crimes que cometeu e de uma tentativa de abuso sexual a outra criança, em 2015. O caso aconteceu na cidade de São Gonçalo dos Campos, a cerca de 130 km da capital baiana.

O suspeito passará por audiência de custódia na quinta-feira (25), às 9h30 da manhã. Ele será indiciado por homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

Menina de oito anos tentou resistir à violência

Ainda em depoimento à polícia, Joseilson confirmou que premeditou todos os momentos do crime. Ele observou a rotina da menina dede que passou a morar na comunidade, furtou a boneca de outra criança para atraí-la e faltou ao trabalho para conseguir chegar à Aisha. O suspeito ainda detalhou que a menina tentou resistir e falou a ele que os pais haviam orientado que ela não conversasse com estranhos. Diante disso, ele forçou a garota até a casa dele, onde a violentou e torturou. A polícia solicitou à Justiça que o material genético do suspeito fosse adicionado ao Banco de Nacional de Perfis Genéticos. Através dessa ferramenta, seria possível descobrir se eles estava envolvido em outros crimes.

Aisha morava na Travessa São Jorge, em Pernambués, e desapareceu por volta das 17h de segunda-feira (22). Familiares e amigos procuraram pela menina na região até às 2h da manhã, mas não a encontraram. Por volta das 4h30 da manhã, um vizinho que estava a caminho do trabalho, identificou o corpo de Aisha em um saco plástico, a poucos metros da casa da família. "Quando foi 2h, a gente já não aguentava mais procurar e entramos em casa para dormir. Um vizinho que saiu para trabalhar, por volta das 4h, encontrou o corpo dela ali, naquele saquinho", contou. "Ela [a mãe da menina] começou a gritar, porque vimos que ela estava morta", disse a tia, emocionada.

O suspeito, que tem 43 anos, morava sozinho em uma casa alugada, na mesma rua que Aisha Vitória, havia apenas 3 meses. Os moradores confirmam que ele morava no bairro havia pelo menos um ano. Ainda na terça-feira (23), a família de Aisha fez um protesto que paralisou a Avenida Paralela, pedindo justiça.

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