Delegado é exonerado após acusação de assédio sexual contra investigadoras em Salvador

Investigadoras da 28ª Delegacia do Nordeste de Amaralina apresentaram uma denúncia contra um delegado à Corregedoria da Polícia Civil, alegando assédio sexual. As vítimas relataram que ele fez piadas de natureza sexual, tocou seus corpos sem consentimento e fez convites inapropriados para passeios de lancha.

Esta é a segunda vez que o delegado é acusado do mesmo crime. No último sábado (28), ele foi exonerado do cargo de titular da 28ª DT, mas ainda permanece na corporação. As denunciantes são quatro agentes que recentemente passaram em um concurso da Polícia Civil e começaram a trabalhar com ele há pouco tempo.

Além da exoneração, ele também teve uma licença-prêmio de três anos concedida. Ele é conhecido por ser um policial ativo e aberto a entrevistas com a imprensa, tendo comandado importantes delegacias na capital, como as de Periperi, Boca do Rio e Itapuã. As denúncias foram feitas durante uma visita do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) à 28ª DT, no início de setembro deste ano, e agora se tornaram públicas.

De acordo com nota da Polícia Civil: "todas as medidas para investigar as denúncias de assédio sexual e moral contra o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos estão sendo tomadas pela Corregedoria da Instituição"

"As apurações iniciaram após relatos de quatro policiais civis, lotadas na 28a Delegacia Territorial (DT). As servidoras estão recebendo acompanhamento psicológico do Departamento Médico da Polícia Civil (Demep), enquanto o investigado foi exonerado do cargo de titular da unidade. Nova oitiva será realizada", diz a nota.

A Polícia Civil informa ainda que "ressaltamos nosso compromisso em esclarecer os fatos, para que todas as ações cabíveis sejam executadas". O delegado responde também por assédio moral contra uma das vítimas. 

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