MPT realiza vistoria e alerta para 'alto risco de incêndios' em oito hospitais de Salvador

Uma fiscalização realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) identificou um "alto risco de incêndio" em oito grandes hospitais de Salvador. Os resultados das inspeções, realizadas ao longo da semana, foram divulgados nessa sexta-feira (8). Metade das instituições são públicas e a outra metade, privadas.

De acordo com o MPT, devido a essas falhas de segurança, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) não pode emitir o auto de vistoria para nenhuma das unidades. Aproximadamente 20 mil funcionários trabalham nesses hospitais. As unidades afetadas são:

1. Hospital Geral Roberto Santos (HGRS)
2. Hospital Agenor Paiva
3. Hospital da Bahia
4. Hospital Português
5. Hospital Geral do Estado (HGE)
6. Hapvida
7. Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba)
8. Hospital Universitário Edgard Santos (Hupes)

O MPT destaca que, em caso de incêndio, a falta de hidrantes, saídas de emergência com irregularidades e projetos não implementados podem fazer com que o incêndio se espalhe rapidamente, aumentando significativamente os riscos.

Todas as irregularidades identificadas nas inspeções, bem como nas análises posteriores dos documentos coletados, serão detalhadas em relatórios que serão encaminhados aos órgãos responsáveis. O MPT abrirá procedimentos em cada caso para cobrar a correção das falhas de segurança e saúde.

A ação de fiscalização, chamada "Melhor Prevenir", começou na segunda-feira (4) com uma inspeção minuciosa para verificar o cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho. Como parte dessa ação, o MPT tem feito notificações, autuações, inquéritos e ações judiciais.

Participam da fiscalização, além do MPT, os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador de Salvador (Cerest Salvador) e de Camaçari (Cerest Camaçari), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA), o Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT-BA), o CBM-BA e a Universidade Federal da Bahia (Ufba). Nessa etapa, o Sindicato dos Enfermeiros da Bahia (Seeb) e o Sindicato dos Técnicos de Enfermagem da Bahia (Sintefem) também reforçaram a ação.