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Policiais militares são denunciados pelo Ministério Público da Bahia pela morte de funcionário da Embasa

Salvador

Policiais militares são denunciados pelo Ministério Público da Bahia pela morte de funcionário da Embasa

Justiça recebeu denúncia e PMs responderão por crime de homicídio qualificado.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Welson Figueredo Macedo morreu após ser baleado com um tiro nas costas.

O Ministério Público da Bahia (MPBA) denunciou à Justiça, no dia 18 de dezembro, três policiais militares pelo assassinato de Welson Figueredo Macedo, ocorrido em 9 de julho deste ano, no bairro de Castelo Branco, em Salvador. Eles são acusados de homicídio qualificado, cometido sem dar chance de defesa à vítima. O MPBA solicitou o afastamento preventivo dos policiais do policiamento ostensivo por 180 dias, além da proibição de acesso ao bairro onde o crime ocorreu e de contato com testemunhas e familiares de Welson durante a fase de instrução processual. O caso tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, e a denúncia foi aceita pela Justiça no dia 19 de dezembro, que analisará os pedidos do MP ao longo do processo.

De acordo com a acusação, Welson foi baleado nas costas por um tiro de carabina, o que causou um traumatismo abdominal fatal. A denúncia, embasada em testemunhos e imagens de câmeras de segurança, refuta a versão dos policiais, que alegaram que Welson estaria armado e teria trocado tiros com a guarnição. Testemunhas, como um colega de trabalho da vítima, afirmam que Welson não portava arma, e as imagens mostram que ele estava voltando do trabalho quando foi atingido, o que contradiz a versão dos denunciados. Welson trabalhava como terceirizado na Embasa.

Os policiais relataram que estavam perseguindo três indivíduos suspeitos de roubo e que, durante a troca de tiros, Welson foi atingido. Contudo, as imagens mostram que ele não tinha relação com os suspeitos e foi baleado após estes já terem passado. Os PMs teriam então removido a bolsa e a motocicleta da vítima, deslocado a viatura para outro local e colocado uma arma de fogo na cena do crime para simular um confronto. A perícia não encontrou resíduos de pólvora nas mãos de Welson, conforme a denúncia.

Os policiais também poderão ser responsabilizados por fraude processual, devido à alteração da cena do crime. Por se tratar de um delito militar, a investigação será conduzida pela Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, que tomará as medidas cabíveis.

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