MP-BA apura práticas abusivas e irregularidades sanitárias na Barraca do Lôro em Salvador

O Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio da 5ª Promotoria de Justiça do Consumidor, instaurou um inquérito civil contra a tradicional Barraca do Lôro, localizada em Salvador, para investigar supostas práticas abusivas contra consumidores e falhas em normas sanitárias. A informação foi divulgada pelo portal BNews nesta segunda-feira (14).

A ação foi motivada por denúncias de consumidores que relataram condutas consideradas abusivas por parte do estabelecimento, como a imposição de pacotes de consumo mínimo. Segundo uma das queixas, ao chegar à barraca, o cliente era obrigado a escolher entre duas opções: pagar R$ 50, com consumo livre, ou R$ 80 por um lounge, com exigência de gastos mínimos entre R$ 400 e R$ 1.200.

Além disso, a Vigilância Sanitária do Município de Salvador (VISA) apontou diversas irregularidades estruturais e sanitárias durante vistoria no local. Entre os problemas listados estão falhas em ralos, janelas, prateleiras, câmaras frigoríficas, sistema de esgoto, limpeza e higienização dos funcionários, o que compromete diretamente a segurança alimentar dos frequentadores.

O caso também ganhou repercussão na plataforma "Reclame Aqui", onde consumidores relataram mau atendimento, preços considerados abusivos, e até mesmo consumo de alimentos estragados. Ao todo, foram registradas 13 reclamações públicas na plataforma até o momento.

Diante dos fatos, o MP-BA notificou a Barraca do Lôro, solicitando documentos constitutivos e uma manifestação formal sobre as acusações. A empresa tem o prazo de até 10 dias úteis para apresentar sua defesa. O órgão também convocou uma audiência com representantes da VISA e de demais órgãos de fiscalização para apresentação de relatórios técnicos.

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