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Vigilantes paralisam atividades em campi e unidades da Ufba

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Vigilantes paralisam atividades em campi e unidades da Ufba

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Por: Pesquisa Web

Segundo servidores terceirizados, Ufba deve cerca de R$ 13 milhões à MAP. (Tailane Muniz/CORREIO)

Os cerca de 400 vigilantes que atuam na segurança da Universidade Federal da Bahia (Ufba) suspenderam as atividades na manhã desta quarta-feira (8). De acordo com os trabalhadores, terceirizados do Grupo MAP, a Ufba deve cerca de R$ 13 milhões à empresa, o equivalente a três meses de serviço.

A Ufba está passando uma grave crise financeira. A instituição terá R$ 55.906.411 milhões a menos para o ano de 2019. Esse novo bloqueio – que pode configurar um corte, se não houver uma mudança até o fim do ano – aconteceu na última sexta-feira (3), justamente quando outras instituições, como o Instituto Federal da Bahia (Ifba), notaram um bloqueio na casa dos 30% em seu orçamento de custeio

Vigilante supervisor da instituição, José Luiz Marinho, 41 anos, explicou que, embora a dívida ainda não tenha causado danos diretos aos vigilantes, até  então com os salários em dia, há uma preocupação quanto à manutenção do quadro de funcionários.

"A MAP nos paga em dia, mas se ela não recebe há três meses, vai chegar um momento em que ela vai precisar cortar gastos e isso vai sobrar para a gente. Como vão manter funcionários se a Ufba não mantém o contrato?", indagou ele, que afirmou que a categoria não tem horário para retomar o expediente, que sequer foi iniciado hoje.

Presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (Sindivigilantes), José Boaventura se reuniu com os terceirizados em frente à portaria principal do campus de Ondina para sugerir que os vigilantes retornem às atividades. 

"Eu estou tentando explicar para eles que nós não temos nada a ver com o contrato entre a MAP e Ufba, desde que o salário de todos esteja em dia. É claro que há dois pontos a se considerar, que envolve também a questão dos bloqueios do MEC, mas, por ora, não acredito que seja válida essa paralisação", ponderou.

José considerou, no entanto, que se a Ufba realmente deve a quantia à empresa é um fato que a consequência pode vir em forma de demissões. 

"Os trabalhadores têm esse ponto de razão, mas é necessário pensar que sem segurança não há condições de funcionamento das pesquisas, da universidade como um todo", afirmou, pouco depois de orientar os funcionários a se manifestarem junto aos estudantes e servidores.

À reportagem, o consultor de Segurança Patrimonial da Ufba, Almir Marques confirmou a informação de que a Ufba tem boletos pendentes com a terceirizada. "Beira uns R$ 13 milhões, entre o retroativo do contrato antigo e o novo contrato", afirmou.

No local, estudantes disseram que a atitude não surpreendeu. Estudante do curso de Letras, Amanda Sena afirmou que a ausência de seguranca é um dos motivos maiores de preocupação a quem estuda na Ufba.

"É como um efeito dominó, uma coisa vai derrubando a outra até não sobrar nada. Se a Ufba não pagou a empresa de segurança, vai deixar de pagar também as contas básicas porque isso só pode ser feito se tiver dinheiro, o que nos foi tirado", comentou, em referência ao bloqueio determinado pelo Ministério da Educação. 

O estudante de Geociências, Bruno Souto, também acredita que a situação da Ufba pode piorar. "Muito complicado ver isso acontecendo com a universidade por determinação de quem deveria prezar pelo funcionamento de excelência. Se continuar assim, vai ser impraticável continuar. 

A reportagem tentou contato com a MAP, mas ainda não obteve retorno. A Ufba informou que emitirá um posicionamento sobre o assunto ainda nesta manhã. Informações do Jornal Correio*

 

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