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'Falou que não ia morrer e que iria casar comigo', diz noivo de uma das vítimas de ataque armado em festa de rua em Salvador

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'Falou que não ia morrer e que iria casar comigo', diz noivo de uma das vítimas de ataque armado em festa de rua em Salvador

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Por: G1

Felipe e Brenda pretendiam se casar no início de 2022 — Foto: Reprodução / TV Bahia

O noivo de Brenda Buri da Silva, 21 anos, uma das vítimas do ataque armado que terminou com seis mortes em uma festa de rua, em Salvador, lembrou nesta sexta-feira (15), das últimas palavras da amada, quando estava sendo socorrida para uma unidade médica.

 “Ela foi conversando comigo. Estava fraca já. A última coisa que ela falou foi que não ia morrer e que iria casar comigo”, relatou Felipe Rocha, que pretendia se casar com Brenda no início de 2022.

Segundo o noivo de Brenda Buri, que também estava na festa, os dois decidiram curtir o feriado com a família, no bairro do Uruguai, mas foram convidados para de se divertir com os amigos na festa.

“Uma dor imensa, essa mulher mudou minha vida. Eu não sei nem o que pensar agora. A mulher da minha vida foi embora", contou, emocionado.

"Gritei: estou baleada'"

Em entrevista ao programa Bahia Meio Dia, da TV Bahia, uma sobrevivente, que preferiu não revelar a identidade, contou o que aconteceu no momento em que foi baleada. Além dela, outras 11 pessoas ficaram feridas.

“Eu vi os tiros e corri, aí quando eu caí no chão, eu vi tudo branco. Quando eu levantei tinha meio mundo de gente no chão”, disse a jovem.

A vítima contou que foi socorrida por um jovem, que passava no local.

“Só ouvi os tiros. Corri, mas a bala bateu na parede e bateu nas minhas costas. Eu me joguei no chão e gritei: ‘estou baleada’", afirmou.

Após o ataque, o sentimento é de medo. A jovem conta que não pretende ir mais para festas desse tipo.

“Muito doloroso, né? Pessoas jovens perdendo a vida assim, em um paredão. Eu sinceramente não vou mais”.

Ataque armado

O ataque aconteceu entre a noite de terça (12) e a madrugada desta quarta-feira (13), na Rua Voluntários da Pátria, em uma localidade conhecida como Pistão.

As informações preliminares apuradas pela polícia apontam que o ataque armado começou a partir de uma briga entre pessoas que estavam na festa. Com isso, um grupo passou a atirar contra o outro, e pessoas que estavam no meio do evento também foram atingidas.

A delegada Andréa Ribeiro detalhou que a motivação da briga ainda está sendo apurada. Vários carros que estavam estacionados no local foram atingidos pelos disparos.

Na quarta-feira (13), dois suspeitos de participarem do ataque foram presos. Os dois seguem custodiados no Hospital do Subúrbio, na capital baiana.

Um dia depois do crime, o governador da Bahia, Rui Costa, disse que não vai permitir festas do tipo "paredão", no estado. O gestor fez o anúncio nas redes sociais, mas não divulgou quando vai decretar a medida.

De acordo com o governador da Bahia, a realização de festas em ruas serão permitidas apenas com a autorização das prefeituras e comunicados com a Polícia Militar.

"Não vamos permitir mais nenhuma festa de paredão na Bahia. Para festas serem realizadas fechando ruas, as prefeituras precisarão autorizar e comunicar à Polícia Militar previamente. Caso não haja autorização prévia, a PM deverá apreender os equipamentos sonoros", disse o governador.

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