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Salvador
Servidores penitenciários protestam em Salvador e cobram a criação da polícia penal na Bahia.
Por: G1
Servidores penitenciários protestam em Salvador e cobram a criação da polícia penal na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia
Servidores penitenciários, como agentes e monitores de ressocialização, protestam em Salvador nesta terça-feira (22). Eles pedem ao governo do estado a criação da polícia penal na Bahia. O ato é realizado dois dias após uma rebelião na Penitenciária Lemos Brito, que teve seis mortos.
A categoria se reuniu na frente do Complexo Penitenciário da Mata Escura e saiu, em carreata, em direção ao Centro Administrativo da Bahia (CAB).
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (SINSPPEB), Reivon Pimentel, falou sobre a situação da categoria no estado.
“Essa paralisação já tinha sido marcada mesmo antes do acontecimento do domingo [20]. A motivação é para sensibilizar o governador da necessidade da criação urgente da polícia penal, pois nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, o único estado que ainda não criou a sua polícia penal, que ainda não inseriu a polícia penal no seu texto constitucional, é a Bahia. Nós queremos a criação da polícia penal no estado da Bahia”, disse ele.
Rebelião
O acontecimento do domingo, citado por Reivon, foi uma rebelião na Penitenciária Lemos Brito, que fica no complexo da Mata Escura. Seis presos morreram e outros 38 ficaram feridos, após uma briga entre membros de facções criminosas rivais.
Durante a rebelião, houve também uma tentativa de fuga. Os detentos atacaram policiais penais, usando facas e facões. Alguns dos presos também tinham armas de fogo, mas os detalhes sobre esses equipamentos não foram divulgados.
Nesta terça, o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, Nestor Duarte, foi exonerado. Ele já havia pedido para deixar a secretaria no dia 8 de fevereiro, antes mesmo do motim. Além de Nestor, também foi exonerado, a pedido, o chefe de gabinete da pasta, Carlos Eduardo Sodré.
A Penitenciária Lemos Brito abriga apenas presos homens, já condenados em regime fechado. Com base em dados divulgados pela Seap, contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos – um número que excede a capacidade de 771 vagas.
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