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Dono do veículo que atropelou agente de trânsito em Salvador diz que emprestou carro para amigo

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Dono do veículo que atropelou agente de trânsito em Salvador diz que emprestou carro para amigo

Empresário dono do veículo afirma que não estava no carro no momento do acidente.

Por G1

Empresário dono do veículo afirma que não estava no carro no momento do acidente. — Foto: TV Bahia

O dono do veículo que atropelou e matou um agente de trânsito na quarta-feira (27), em Salvador, afirmou nesta sexta-feira (29), em entrevista à TV Bahia, que não estava no carro no momento da colisão. Ele contou que não utiliza o automóvel há cerca de dois anos e que o veículo estava com um amigo.

No dia do acidente, a vítima, identificada como Jailton Pereira do Nascimento, 53 anos, trabalhava na organização do trânsito da Avenida Luis Viana Filho. O carro bateu na traseira da viatura da Transalvador e o impacto arremessou o agente para o canteiro da pista.

As pessoas que estavam no carro foram embora do local e não prestaram socorro a Jailton Pereira. Imagens exclusivas mostram o momento exato do acidente.

Uma ambulância que passava pela região socorreu o agente de trânsito, mas ele não resistiu aos ferimentos. Jailton foi enterrado na quinta-feira (28), no cemitério Campo Santo, em Salvador.

Nesta sexta (29), O dono do veículo, o empresário Luís Fabiano Gomes, contou à produção da TV Bahia que o carro estava estacionado na garagem do imóvel onde mora um amigo identificado como Humberto Mascarenhas.

Segundo o proprietário, o carro deixou de ser utilizado há dois anos por conta de uma decisão judicial relacionada a um processo de divórcio. Ainda assim, o veículo não poderia ser utilizado e seu amigo Humberto não possuía a chave.

"Coloquei o carro na casa dele e trouxe a chave para minha casa. A chave está comigo, não sei como ele fez para pegar essa chave, como colocou o carro para trafegar em rua. Eu não autorizei nada disso e estou sendo pego de surpresa assim como vocês", afirma.

"Uma coisa eu tenho certeza: o carro é meu, sou proprietário e ele está em meu nome. Estava guardado com uma pessoa que eu confiava e que traiu a minha confiança. Agora não sei o que vai acontecer, só sei que sou inocente", concluiu Fabiano.

Ele afirma que tem como provar, por meio das câmeras do prédio, que estava em casa na noite em que o acidente aconteceu. Quando soube da situação, Fabiano conta que ficou em choque.

"Eu reconheci meu carro, passei mal e tive que me dopar de remédio para dormir. Eu evitei tanto rodar com o carro e agora levo esse susto de uma pessoa vir a óbito. Sinto muito pela família dele [agente de trânsito]", desabafa o empresário.

Foi identificado também que o veículo tinha multas registradas, mas Fabiano afirma que as infrações não foram causadas por ele.

Amigo se defende

Humberto Mascarenhas, o amigo do empresário Luís Fabiano Gomes, confirmou que o veículo estava estacionado em sua garagem. No entanto, garantiu que não conduzia o carro no dia do acidente. Ele sinalizou que emprestou o carro a outro homem, identificado apenas como Franklin.

"Eu estava com uma dificuldade financeira e passei esse carro para Franklin, ele me emprestou um dinheiro e ficou com o carro como garantia. Só que não era para ele estar rodando com o carro", afirmou.

O dono do veículo, Fabiano, não sabia que o carro havia sido penhorado. Ele também não reconheceu nenhuma das pessoas que aparecem nas imagens do acidente.

Ainda segundo Humberto, Franklin teria causado o acidente. Ele não sabe o motivo do homem não ter prestado socorro à vítima.

O suspeito deve se apresentar à polícia na tarde desta sexta-feira (29).

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