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Salvador
Vítimas foram acusadas de furto.
Por: Pesquisa Web
Vítimas foram acusadas de furto. (Foto: reprodução/TV Bahia)
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia vai apurar a denúncia contra um empresário acusado de torturar funcionários de uma loja localizada na região da Lapa, em Salvador. Os trabalhadores dizem ter passado por sessões de espancamento após serem acusados de cometerem furtos dentro do estabelecimento comercial. O crime teria ocorrido no último dia 19 de agosto.
Durante a sessão de agressões, um dos jovens teve as mãos queimadas com ferro de passar. O empresário, que é evangélico, teria deixado marcado “171” nos membros da vítima, em referência à infração penal contra o patrimônio. Um dos trabalhadores relatou também ter sido obrigado a usar vestido enquanto era gravado pelo suposto agressor. As imagens foram compartilhadas em grupos de WhatsApp.
“Eu nunca precisei em roubar nada, sou trabalhador, todo mundo me conhece, agora, corro o risco de alguém acreditar que sou ladrão porque estou com as mãos marcadas. Eu consegui fugir e passei o maior vexame porque estava de vestido rosa na rua. Eu chorava muito, ele dava risada de gozação, ainda disse que eu iria voltar para o tempo da escrava Isaura”, relatou uma das vítimas em entrevista ao programa Balanço Geral, da RecordTV Itapoan.
O outro funcionário foi agredido com um pedaço de madeira. Os golpes foram dados nas duas mãos da vítima, enquanto o trabalhador era acusado de roubar R$ 30. A tortura também teria sido gravada pelo próprio patrão e compartilhada nas redes sociais.
"Enquanto me batia, ele dizia: 'o pior diabo é aquele que morre negando'. Eu tenho um filho de um ano e dez meses. Me bateu por nada, não preciso roubar R$ 30. Pensei que iria morrer", contou a segunda vítima.
Procurado pela reportagem, na tarde desta sexta-feira (25), o MPT afirmou que abriu um inquérito para investigar o caso. “O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia abriu inquérito para apurar a denúncia de tortura de vendedores de uma loja no centro da cidade. O órgão tomou conhecimento do caso para meio da produção da TV Record Itapoan e abriu procedimento para apurar os detalhes”, informou.
“Nos próximos dias, será designado um procurador para o inquérito. Deverão ser solicitadas informações para a Polícia Civil, além de serem convocados os trabalhadores e o Dino do estabelecimento”, garantiu o MPT. Fonte: BNews*
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