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IPCA-15: prévia da inflação tem alta de 0,16% em outubro, aponta IBGE

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IPCA-15: prévia da inflação tem alta de 0,16% em outubro, aponta IBGE

Segundo o instituto, o maior impacto negativo entre os subitens do índice partiu da gasolina.

Por: Camaçari Notícias

A prévia da inflação de outubro subiu para 0,16%, após registrar dois meses consecutivos de deflação, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (25). Em setembro, o índice teve queda de 0,37% e, em agosto, recuo de 0,73%.

No ano, o índice acumula alta de 4,80% e, nos últimos 12 meses, avança 6,85%.

Assim como no mês anterior, somente três dos nove grupos do IPCA-15 tiveram queda de preços. Em outubro, essas retrações foram em Transportes (-0,64%), Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%). No lado das altas, as maiores variações vieram de Vestuário (1,43%) e Saúde e cuidados pessoais (0,80%).

A gasolina teve o maior impacto negativo entre os subitens do IPCA-15, ressalta o IBGE (0,29 ponto percentual). Apesar do recuo, a queda registrada em setembro pelos transportes foi maior, de -2,35%.

Maior impacto

As maiores variações de alta vieram de vestuário (1,43%), que desacelerou em relação a setembro (1,66%), e saúde e cuidados pessoais (0,80%), que teve o maior impacto positivo (0,10 p.p.) no índice do mês. Após registrar queda de 0,47% em setembro, alimentação e bebidas subiram 0,21% em outubro. Os demais grupos ficaram entre o 0,19% de Educação e o 0,57% de despesas pessoais.  

Assim como em setembro, a queda do grupo transportes (-0,64%) deve-se ao recuo no preço dos combustíveis (-6,14%). Etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%) tiveram seus preços reduzidos no período de referência do índice. A gasolina contribuiu com o impacto negativo mais intenso (-0,29 p.p.) entre os 367 subitens pesquisados. Houve queda também em ônibus urbano (-0,60%), com a redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-6,38%), a partir de 11 de setembro.

Outro grupo em queda em outubro foi Comunicação (-0,42%), cujo resultado foi influenciado pela redução nos pacotes de acesso à internet (-1,69%) e nos planos de telefonia móvel (-1,35%). Além disso, houve queda nos preços dos aparelhos telefônicos (-0,87%). Vale lembrar que a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, fixou um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

Em saúde e cuidados pessoais (0,80%), o destaque foi a alta no item plano de saúde (1,44%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA-15 de outubro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto, setembro e outubro. Além disso, os preços dos itens de higiene pessoal subiram 1,10% e contribuíram com 0,04 p.p. no IPCA-15 de outubro.

Após a queda de 0,47% em setembro, o grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,21% em outubro. O resultado foi puxado pela alimentação no domicílio (0,14%), cujo resultado havia sido de -0,86% no mês anterior. Contribuíram para isso as altas das frutas (4,61%), da batata-inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%). Por outro lado, os preços do leite longa vida (-9,91%), do óleo de soja (-3,71%) e das carnes (-0,56%) continuaram em queda.

A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,37% em outubro. Enquanto a refeição (0,44%) teve variação superior à do mês anterior (0,36%), o lanche desacelerou de 0,94% para 0,23%.  

Em habitação (0,28%), a energia elétrica subiu 0,07% em outubro. Após a sanção da Lei Complementar 194/22, os serviços de transmissão e distribuição foram retirados da base de cálculo do ICMS nos estados em que houve decreto ou norma prevendo tal exclusão. No entanto, posteriormente, foram identificados casos em que a cobrança continuou sendo realizada. Nesse sentido, foram feitos ajustes no IPCA-15 de outubro para compensar a retirada do ICMS, com o objetivo de contabilizar na conta padrão o que efetivamente foi cobrado dos consumidores.  

Cabe ressaltar que algumas concessionárias de energia decidiram, de forma voluntária, retirar os serviços de transmissão e distribuição da base de cálculo do ICMS, mesmo sem decreto ou norma prevendo tal retirada. A conta padrão de energia elétrica também tem levado em consideração esse cenário, retirando tais serviços da base de cálculo do ICMS nesses casos.  

Regionalmente, nove das 11 áreas tiveram inflação em outubro. A maior variação foi registrada em Brasília (0,56%), com o impacto da alta nos preços das passagens aéreas (37,59%), e a menor, em Curitiba (-0,24%), influenciada pela queda da gasolina (-6,58%).

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