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Banco Central não vê riscos à estabilidade financeira do Brasil

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Banco Central não vê riscos à estabilidade financeira do Brasil

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Por: Pesquisa Web

No Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central (BC) divulgado nesta quinta-feira (3/11) referente ao primeiro semestre deste ano. De acordo com o documento, apesar do cenário adverso, “não há risco relevante para a estabilidade financeira” do país. “Testes de estresse de capital demonstram que o sistema bancário possui adequada resiliência”, diz o texto.

Entre as duas reuniões do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central, o risco sistêmico agregado das economias avançadas e das emergentes apresentou leve aumento, mas, o documento cita que isso não afeta a segurança do país.

O risco sistêmico está estimado em 7% do produto interno bruto (PIB) para os países desenvolvidos e 4,9% para os emergentes.

“Em Taiwan, China, Bélgica, Canadá e Colômbia, por exemplo, o risco sistêmico aumentou, influenciado pela perda de valor de mercado das instituições financeiras nesses países. Fatores específicos de cada jurisdição se somaram à deterioração das perspectivas para o setor nos mercados globais, afetando a capitalização de mercado”, diz o relatório.

O texto afirma, no entanto, que Índia e em Israel, no setor financeiro, durante o período avaliado, apresentou ganhos de valor de mercado, levando a uma redução do risco sistêmico.

O Banco Central cita que a política monetária apertada nas principais economias globais impactou negativamente as principais classes de ativos, desvalorizando os índices de ações, afetados pelo aumento das taxas de juros de longo de prazo, e elevação nos spreads de crédito, “em especial na Europa, impactada pela piora no cenário econômico da região”.

No caso da Europa, vale citar a Guerra na Ucrânia e, consequentemente, os aumentos nos preços de energia que impactam toda a cadeia produtiva e a população.

Inadimplência menor, aponta Banco Central

O Banco Central afirma que apesar dos apertos monetários e cenário ainda incerto, ao comparar com o período pré-pandemia, a inadimplência bancária continua menor ou estável, com bancos provisionados para enfrentar os atuais desafios macroeconômicos.

“Porém a perda de poder aquisitivo das famílias em ambiente de inflação elevada e choques de custos afeta a capacidade de pagamento de dívidas e a demanda por produtos e serviços corporativos, aumentando a vulnerabilidade de famílias e empresas no atual cenário de inflação e juros mais altos”, afirma o relatório do BC.

Captações 

Com tendência de crescimento iniciada no semestre anterior, com forte influência da recuperação econômica e pelo ciclo de alta da taxa Selic – hoje em 13,75% – o BC destaca uma evolução para a carteira de depósitos a prazo.

Carteiras de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) (38%); Letra de Crédito Imobiliário (LCI) (25%) e Letra Financeira (LF) (28%), instrumentos que apresentam boa rentabilidade para os clientes e, no caso das LCA e LCI, custos financeiros menores para os bancos.

As captações de CDBs estimados como do tipo “raspa-conta” cresceram no trimestre, concomitantemente às saídas líquidas dos fundos com o mesmo objetivo.

Já o saldo das cadernetas de poupança caiu 2%. “Mantém-se a tendência de queda do estoque de poupança, em função da perda de competitividade frente a outras opções de investimento”, explica o BC.

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