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Economia
Empresa afirmou que atua em seu processo de recuperação judicial.
Por G1
A Americanas encerrou o serviço de vendas por telefone e interrompeu uma série de contratos com fornecedores terceirizados. A decisão vem em meio ao processo de recuperação judicial pelo qual a companhia passa – consequência do escândalo contábil reportado pela empresa no mês passado.
Ao tentar o contato por telefone parar fazer compra, o cliente é atendido por uma mensagem gravada, informando a descontinuidade do serviço.
“Prezado cliente, o nosso serviço de televenda foi encerrado. Você pode aproveitar as nossas ofertas pelo nosso aplicativo ou site”, diz a atendente eletrônica.
Procurada, a Americanas apenas confirmou o fim dos contratos com empresas fornecedoras de serviços terceirizados.
“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de recuperação judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, informou a companhia em nota oficial.
Entenda o caso
A Americanas viu suas ações derreterem no mercado acionário e enfrenta uma série de processos de investigação após o escândalo contábil reportado pela companhia no mês passado, quando descobriu "inconsistências em lançamentos contábeis" da ordem de R$ 20 bilhões.
A notícia deixou o mercado em polvorosa e fez com que o então presidente da companhia, Sergio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, deixassem a empresa menos de 10 dias após serem empossados.
A empresa entrou com pedido de recuperação judicial, que foi aceito no mesmo dia pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro. A empresa está, agora, no chamado "prazo de blindagem", um período de 180 dias no qual todas as suas dívidas ficam suspensas.
Os credores, no entanto, continuam defendendo seus casos na Justiça. O BTG Pactual, por exemplo, um dos mais expostos à dívida da Americanas, segue na briga para reter R$ 1,2 bilhão do caixa da empresa.
Nesta quarta-feira (1º), a empresa informou ao mercado que avalia pedir R$ 1 bilhão em financiamento para manter o caixa e honrar o pagamento de dívidas.
De acordo com o comunicado, divulgado pela varejista junto à Comissão de Valores mobiliários (CVM), a decisão ainda está em estudo pelos acionistas de referência da Americanas — os três sócios bilionários da 3G Capital Partners: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Alberto Sicupira.
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