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Banco Central propõe limite de 12 parcelas sem juros em tentativa de reduzir juros do rotativo

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Banco Central propõe limite de 12 parcelas sem juros em tentativa de reduzir juros do rotativo

A iniciativa foi divulgada na segunda-feira (16), durante uma reunião em São Paulo.

Por Camaçari Notícias

Em um movimento direcionado para controlar os elevados juros do rotativo do cartão de crédito, que atingiram 445,7% ao ano, o Banco Central (BC) apresentou uma proposta para limitar as compras parceladas sem juros em até 12 vezes. A iniciativa foi divulgada na segunda-feira (16), durante uma reunião em São Paulo entre o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e representantes do setor financeiro e comercial.

Desentendimento setorial

Embora os bancos argumentem que o parcelamento sem juros eleva a inadimplência e, por consequência, as taxas de juros no rotativo, setores como o de maquininhas de cartão e comércio negam essa correlação. Até o momento, não há estudos públicos independentes que confirmem tal relação de causa e efeito.

Propostas em andamento

Durante a reunião, Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, apresentou a ideia de uma redução escalonada no parcelamento sem juros. O BC também não descarta futuras limitações no número máximo de parcelas caso a medida inicial demonstre resultados positivos.

Próximos passos

A próxima reunião sobre o tema está agendada para 7 de novembro. Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), declarou que o único consenso até agora é que o problema da inadimplência está ligado ao excesso na concessão de crédito de baixa qualidade.

Impacto setorial

O setor mais afetado por uma limitação de parcelas sem juros seria o da construção civil, onde as compras são, em média, parceladas em 18 vezes. A Anamaco (Associação das Lojas de Material de Construção) se mostrou favorável à proposta do BC, mas alerta para o risco de colapso do setor caso a limitação seja inferior a 12 meses.

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