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Propostas para regulação de juros do rotativo em discussão pelo Banco Central e entidades financeiras

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Propostas para regulação de juros do rotativo em discussão pelo Banco Central e entidades financeiras

Reunião foi realizada na última terça-feira (07)

Por Camaçari Notícias

Em recente encontro em São Paulo, representantes do Banco Central do Brasil, Abranet (Associação Brasileira de Internet), Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) e outras entidades financeiras debateram intensamente sobre novas propostas para a regulamentação das taxas de juros do crédito rotativo. A reunião, ocorrida na terça-feira (7), teve como pano de fundo a busca de um equilíbrio entre a acessibilidade do crédito para a população e a sustentabilidade financeira dos bancos e instituições de pagamento.

A Abranet apresentou uma proposta inovadora: permitir que faturas vencidas de cartões de crédito sejam reparceladas e incorporadas às faturas dos meses subsequentes, com juros inferiores aos praticados no rotativo atual. Esta abordagem visa reduzir a inadimplência, que segundo a associação, é mais influenciada pelo aumento do crédito disponibilizado, especialmente às camadas de menor renda, do que pelo parcelamento em si.

A Abecs, por outro lado, sugeriu uma redução no período que os clientes permanecem no rotativo após o não pagamento da fatura, que atualmente é de 30 dias. A proposta visa diminuir o tempo de exposição ao elevado juro rotativo, atualmente em 441,1% ao ano. O Banco Central ficou de estudar simulações com diferentes prazos, variando entre cinco e dez dias.

Outro ponto de vista foi trazido pela Abipag (Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos), que se baseou em estudos de acadêmicos da USP e da PUC. Esses estudos apontam que o parcelamento sem juros não contribui significativamente para o aumento do risco de crédito.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) apresentou dados contrários, defendendo um limite de seis parcelas para compras sem juros, argumentando que isso reduziria o risco para os bancos emissores e poderia resultar em menores taxas no rotativo.

Um desafio destacado na reunião é o crescente número de cartões de crédito nas mãos dos consumidores, complicando a análise de crédito devido à falta de compartilhamento de informações entre os emissores.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comprometeu-se a analisar detalhadamente todas as propostas e apresentar os resultados em um próximo encontro, ainda sem data definida. As entidades têm até o final de dezembro para chegar a um consenso sobre a autorregulação do juro do rotativo, sob pena de entrar em vigor a lei do Desenrola, que limita esta taxa a 100% do valor devido.

Esta discussão segue a linha da primeira reunião ocorrida em outubro, onde o Banco Central propôs inicialmente limitar o parcelamento sem juros a 12 vezes, com a possibilidade de redução progressiva para nove e posteriormente seis meses.

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