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Dólar avança 1% para R$ 5,48 com impacto da política fiscal no Brasil e EUA

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Dólar avança 1% para R$ 5,48 com impacto da política fiscal no Brasil e EUA

A moeda norte-americana avançou 1%, cotada em R$ 5,4833.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Freepik

Nessa quarta-feira (17), a moeda americana registrou um aumento de 1% em relação ao real, se aproximando novamente da marca de R$ 5,50. Esse movimento foi impulsionado pelo fortalecimento do iene no mercado global e pelas incertezas relacionadas à política fiscal do governo Lula.

Adicionalmente, a moeda dos EUA teve uma alta generalizada nos mercados emergentes, em um contexto de crescente inquietação dos investidores sobre a futura política comercial dos Estados Unidos. O crescente temor de medidas mais rígidas no governo de Donald Trump, com a proximidade das eleições de novembro, está influenciando o apetite por risco dos investidores.

Durante o dia, analistas observaram que a valorização do iene, impulsionada por especulações de uma possível nova intervenção do Banco do Japão (BoJ) no mercado cambial, também resultou na venda de moedas de mercados emergentes com altas taxas de juros, especialmente nas nações latino-americanas.

O dólar à vista fechou a sessão com um aumento de 1,00%, cotado a R$ 5,483 tanto na compra quanto na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar para o primeiro vencimento (DOLc1) subiu 1,04%, alcançando 5.490 pontos. Na terça-feira, o dólar comercial havia terminado o dia cotado a R$ 5,4293 para venda, registrando uma queda de 0,28%. No mês de julho, a moeda americana apresentou uma desvalorização acumulada de 1,89%.

Cotação do dólar comercial:

•    Compra: R$ 5,483
•    Venda: R$ 5,483

Cotação do dólar turismo:

•    Compra: R$ 5,513
•    Venda: R$ 5,693

Na manhã dessa quarta-feira (17), o dólar à vista apresentava uma valorização em comparação a várias moedas de mercados emergentes, com destaque para o rand sul-africano e o peso mexicano.

No cenário global, o grande destaque era a alta do iene, estimulada por rumores sobre uma possível nova intervenção do Banco Central do Japão para apoiar sua moeda. Esse aumento do iene impactou as operações de carry trade, que envolvem o empréstimo de dinheiro em países com taxas de juros baixas e o reinvestimento em países como o Brasil, onde as taxas são mais elevadas. A alta do iene levou os investidores a reavaliar suas posições, o que acabou pressionando o valor do real. Este fenômeno também havia sido observado na quinta-feira anterior, quando o iene também apresentou valorização.

Lais Costa, analista da Empiricus Research, comentou: “O real tem alta liquidez, o que facilita as operações de carry trade. Quando o iene se valoriza, há uma reprecificação global do carry trade, afetando também o real.”

Moedas como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano também enfrentaram desvalorizações em relação ao dólar.

Além dos fatores externos, a entrevista de Lula à TV Record, exibida na noite de terça-feira (16), também foi mencionada como um dos fatores que influenciaram o aumento do dólar frente ao real. Durante a entrevista, o presidente afirmou que o governo não está rigidamente obrigado a seguir a meta fiscal “se houver prioridades mais urgentes”, e enfatizou que precisará ser convencido da necessidade de cortar despesas para atender ao arcabouço fiscal. No entanto, ele também destacou que tomará as medidas necessárias para respeitar as normas fiscais, afirmando: “Responsabilidade fiscal não é algo que eu aprendi na faculdade, é algo que eu trago desde a infância.”

De acordo com um operador ouvido pela Reuters, as declarações de Lula, embora não sejam novidade, acabaram reforçando as cotações do dólar. Após registrar um valor mínimo de R$ 5,4339 (+0,08%) às 9h07, o dólar à vista alcançou um pico de R$ 5,4888 (+1,10%) às 13h48.

No cenário global, a atenção dos investidores estava voltada para a disparada do iene, com especulações sobre uma possível nova ação do Banco Central do Japão para sustentar sua moeda. Esse movimento impactou as operações de carry trade em todo o mundo, incluindo as realizadas com o real, levando os investidores a reavaliar suas estratégias e pressionando o valor do real.

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