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Economia
Este é o primeiro recuo no indicador desde fevereiro
Por: Camaçari Notícias
O nível de endividamento dos consumidores brasileiros apresentou uma leve queda de junho para julho, atingindo 78,5% das famílias, uma redução de 0,3 ponto percentual. Este é o primeiro recuo no indicador desde fevereiro.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) no dia (1º), deste mês. O levantamento, que conta com a participação de 18 mil famílias de todo o país, considera dívidas com cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
Análise por faixa de renda
A pesquisa revela uma relação direta entre o nível de endividamento e a faixa de renda das famílias. Entre aquelas com renda de até três salários-mínimos, 81% estão endividadas. Para as famílias com rendimentos entre três e cinco salários-mínimos, o índice é de 79,6%. Já entre os lares com renda de cinco a dez salários-mínimos, o endividamento é de 76,7%, enquanto a menor taxa de endividamento (69,8%) é observada entre as famílias com renda acima de dez salários-mínimos.
Inadimplência
A CNC destaca que possuir dívidas não é necessariamente um indicador negativo, uma vez que pode impulsionar o consumo e, consequentemente, a economia. Entretanto, a preocupação surge quando as famílias enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos financeiros, caracterizando a inadimplência.
O percentual de famílias com dívidas atrasadas permaneceu em 28,8% em julho, o mesmo de junho. Há um ano, esse índice era de 29,6%. Já a proporção de famílias que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas foi de 11,9% em julho, uma queda em relação aos 13% registrados em outubro do ano passado.
Perfil de dívida
Em julho, o percentual médio de comprometimento da renda com dívidas foi de 29,6%, marcando o quinto mês consecutivo de retração. O tempo médio de comprometimento com dívidas é de 7,2 meses. O cartão de crédito continua sendo a principal modalidade de endividamento, utilizado por 86% dos devedores. Outras formas de endividamento incluem carnês (15,7%), crédito pessoal (10,6%), financiamento de casa (9,1%), financiamento de carro (8,4%) e crédito consignado (5,6%).
Situação no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul se destaca com um alto índice de endividamento e inadimplência, refletindo os impactos dos desastres climáticos recentes. O percentual de famílias com dívidas já atrasadas no estado chegou a 38%, significativamente acima da média nacional. Sem o Rio Grande do Sul, o Brasil teria uma taxa de endividamento de 78%. As famílias gaúchas registraram um índice de endividamento de 91,2%, o mais alto desde outubro de 2023.
Projeções
A CNC projeta uma nova redução no índice de endividamento para agosto e setembro, chegando a 78,2%. Contudo, espera-se que o índice volte a subir, fechando o ano em 78,4%. Em relação à inadimplência, os pesquisadores apontam uma tendência de crescimento, com a expectativa de que o percentual de famílias com dívidas atrasadas alcance 29,5% ao final de 2024.
Por: Igor Santiago
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