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Apostas esportivas comprometem orçamento familiar das classes D e E

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Apostas esportivas comprometem orçamento familiar das classes D e E

A pesquisa indica que o crescimento das apostas está associada a um aumento no endividamento e na percepção de dificuldades financeiras.

Por Camaçari Notícias

Foto: Getty Images/Banco de imagens

O aumento dos gastos com apostas esportivas online está afetando o consumo de bens e serviços, principalmente entre as classes socioeconômicas mais baixas. Segundo a PwC Strategy&, esses gastos superaram despesas com lazer, cultura e até alimentação, pressionando a demanda por produtos essenciais e impactando negativamente a economia. Após a aprovação da Lei nº 13.756 em 2018, que legalizou as apostas no Brasil, os gastos com essas plataformas aumentaram 419%. Em 2023, as apostas representavam 1,98% do orçamento das famílias das classes D e E, quase quatro vezes mais que em 2018.

A pesquisa indica que o crescimento das apostas está associada a um aumento no endividamento e na percepção de dificuldades financeiras. Um estudo revelou que 64% dos apostadores usam parte de sua renda para isso, com consequências como a redução de compras essenciais e o comprometimento de recursos para saúde e higiene.

A economista Ione Amorim destaca que as apostas têm efeitos negativos significativos, como endividamento, problemas de saúde mental e até suicídios. A falta de educação financeira e a busca por soluções rápidas para problemas financeiros tornam as pessoas mais vulneráveis.

A situação pode piorar com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.234/2022, que permitirá a exploração de cassinos e outras formas de jogos de azar em todo o Brasil. A arrecadação e a regulamentação das apostas ainda dependem de aprovação e pagamento de taxas ao Ministério da Fazenda, o que pode gerar desafios adicionais para a economia e o bem-estar social.

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