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Bolsa brasileira encerra em queda com alta firme do dólar; Expectativa global por dados de inflação nos EUA

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Bolsa brasileira encerra em queda com alta firme do dólar; Expectativa global por dados de inflação nos EUA

Queda no Ibovespa e alta do dólar refletem tensões globais e incertezas econômicas internas

Por: Camaçari Notícias

Foto: Getty Images

Nesta terça-feira (10), a bolsa brasileira fechou em queda, enquanto o dólar registrou uma alta significativa em relação ao real. O cenário global foi marcado pela expectativa dos mercados em torno da divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos, prevista para a quarta-feira (11).

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o dia com uma queda de 0,31%, aos 134.319 pontos, refletindo a pressão das quedas nas ações das maiores empresas listadas. A Petrobras (PETR4) viu suas ações recuarem 1,66%, acompanhando a queda de 4% nos preços do petróleo, em meio à desaceleração da demanda global. Já a Vale (VALE3) teve um recuo de 1,2%, impactada por novas preocupações com a economia chinesa.

A apreensão em relação ao desempenho econômico da China também impulsionou o dólar, que se valorizou em relação às moedas de economias exportadoras de commodities, como o Brasil. A moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 1,32%, sendo negociada a R$ 5,655.

Inflação Recua e Deixa Banco Central em Dilema Sobre Juros

No cenário doméstico, a atenção se voltou para a deflação registrada em agosto, a primeira do ano, o que levantou discussões sobre o futuro da política monetária do Banco Central (BC). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,02% em agosto na comparação mensal. No acumulado de 12 meses, o IPCA desacelerou para 4,24%, ante 4,5% em julho.

Apesar da desaceleração, a inflação ainda se encontra acima do centro da meta de 3% perseguida pelo BC, mantendo a pressão sobre a autarquia para um possível aumento da taxa Selic. O mercado especula que o BC poderá elevar os juros em 0,25 ponto percentual na reunião da próxima semana, levando a taxa para 10,75% ao ano, com o objetivo de ancorar as expectativas inflacionárias de longo prazo.

“O cenário de deflação coloca em dúvida a necessidade de um aumento na Selic, especialmente considerando que o Federal Reserve (Fed) também pode reduzir os juros neste mês. Isso pode favorecer a valorização do dólar”, analisou Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

Por outro lado, Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, ressalta que a decisão do BC será fortemente baseada nos próximos dados econômicos. “As declarações dos diretores do BC reforçam a dependência de indicadores para a tomada de decisão. Assim, a surpresa baixista do IPCA pode manter viva a possibilidade de manutenção da Selic”, comentou.

Expectativa Global por Dados da Inflação nos EUA e Desempenho da Economia Chinesa

No panorama internacional, a atenção dos investidores está voltada para a divulgação dos índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, que serão divulgados na quarta (11) e quinta-feira (12), respectivamente. Esses dados serão cruciais para ajustar as expectativas sobre o ritmo de corte dos juros pelo Federal Reserve na próxima semana, com grande parte do mercado apostando em uma redução de 0,25 ponto percentual.

Além disso, a economia chinesa continua sendo um foco de preocupação para os mercados. Nesta terça-feira, os preços do petróleo caíram mais de 4%, após o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apontar para uma desaceleração na demanda, especialmente na China. De acordo com analistas da Moody’s, a queda nos preços reflete as preocupações do mercado com a demanda global, destacando o impacto dos desafios econômicos enfrentados pelo gigante asiático.

 

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