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Dólar fecha próximo a R$ 5,76 após declarações de Haddad aliviarem tensão no mercado

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Dólar fecha próximo a R$ 5,76 após declarações de Haddad aliviarem tensão no mercado

Após atingir pico de R$ 5,79, dólar recua com declarações do ministro da Fazenda e alívio no cenário externo.

Por Camaçari Notícias

Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Após quase atingir R$ 5,80 na manhã desta quarta-feira (30), o dólar recuou e encerrou o dia praticamente estável no mercado brasileiro, cotado a R$ 5,7640, uma leve alta de 0,03%. Esse é o maior patamar de fechamento desde março de 2021, quando a moeda norte-americana registrou R$ 5,7681. Ao longo de outubro, o dólar acumulou alta de 5,78%.

Durante a manhã, a moeda chegou a R$ 5,7921, na máxima do dia, impulsionada por dados fortes da economia dos EUA, que levaram investidores a reduzirem as apostas em cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Contudo, o impacto foi suavizado após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar avanços no plano de controle de despesas públicas, em discussão com a Casa Civil. Segundo Haddad, as medidas terão o "impacto necessário para o arcabouço ser cumprido", embora ainda estejam em análise jurídica, sem data para apresentação.

Especialistas, como a equipe da Levante Inside Corp, alertam que o mercado permanece cauteloso diante da falta de detalhes sobre o plano e do processo de aprovação no Congresso.

Ibovespa fecha em leve queda com alta do petróleo e balanço negativo da WEG

O Ibovespa encerrou o pregão com recuo de 0,07%, a 130.639,33 pontos. O índice variou levemente, influenciado pela alta das ações da Petrobras, devido ao avanço do petróleo no mercado internacional. Em contrapartida, as ações da WEG recuaram cerca de 5% após a divulgação de seu balanço trimestral.

No cenário externo, o dólar subiu inicialmente, impulsionado por dados robustos da economia americana. O relatório da ADP mostrou a criação de 233 mil empregos no setor privado em outubro, superando a projeção de 114 mil vagas. Outro dado que favoreceu a moeda norte-americana foi o crescimento do PIB dos EUA, que subiu 2,8% no terceiro trimestre, sinalizando resiliência econômica.

Apesar da alta, o dólar recuou frente a uma cesta de moedas após uma queda nos rendimentos dos Treasuries, refletindo os novos planos orçamentários do Reino Unido e a diminuição da aversão ao risco no mercado global. O índice do dólar, que mede seu desempenho frente a seis moedas, caiu 0,24%, fechando a 104,0640.

Declarações de Haddad aliviam pressão sobre o real

A reafirmação de Haddad sobre o compromisso com o controle fiscal reduziu a aversão ao risco entre investidores brasileiros, após declarações anteriores do ministro sobre o prazo incerto para o anúncio das medidas terem gerado insegurança. Segundo André Galhardo, da Remessa Online, a expectativa de que o governo cumpra com o novo arcabouço fiscal trouxe alívio ao mercado, embora a valorização do real possa ser temporária.

Analistas seguirão monitorando o desenrolar das medidas fiscais, especialmente devido à volatilidade do mercado diante das incertezas internas e das pressões externas sobre a moeda brasileira.

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