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Governo Lula discute cortes no orçamento e enfrenta resistência em áreas de Previdência e Desenvolvimento Social
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Equipe econômica propõe cortes no orçamento e enfrenta resistência em áreas sociais essenciais.
Por Camaçari Notícias
A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou a tarde desta terça-feira (5) a tentar convencer ministros da importância de cortes de gastos no orçamento, com o objetivo de equilibrar o quadro fiscal do país. O encontro, realizado no Palácio do Planalto e iniciado às 14h10, reuniu Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão), membros da Junta de Execução Orçamentária (JEO) – responsáveis por ajustes no orçamento.
Após uma reunião inicial com o presidente Lula e outros ministros na segunda-feira (4), a JEO se reuniu novamente nesta terça com os titulares da Previdência e do Desenvolvimento Social, Carlos Lupi e Wellington Dias. A sessão durou aproximadamente duas horas e abordou as dificuldades de implementar cortes em áreas que lidam com gastos obrigatórios e de natureza social.
Na segunda-feira, uma discussão de mais de três horas havia reunido os ministros Nísia Trindade (Saúde), Camilo Santana (Educação) e Luiz Marinho (Trabalho), além da equipe da Fazenda, para abordar os impactos que os ajustes poderiam ter sobre as pastas de Saúde, Educação e Trabalho. Segundo o Ministério da Fazenda, os presentes compreenderam as propostas da equipe econômica.
Hoje, embora Fernando Haddad tenha deixado o Palácio do Planalto para retornar ao Ministério da Fazenda e tratar dos detalhes discutidos, as tratativas continuaram sob o comando do secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Até o momento da publicação, a reunião ainda estava em andamento, e não havia um posicionamento oficial do governo sobre os desdobramentos da conversa.
Apesar das propostas de cortes, o ministro Carlos Lupi (Previdência Social) afirmou que o governo federal não pretende reduzir recursos na Previdência, ressaltando que as despesas da pasta são obrigatórias, como aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS). “O Ministério da Previdência não tem o que cortar, porque as despesas são despesas obrigatórias. (...) Jamais o governo, com nossa origem social, tiraria direitos de quem tem direito”, disse Lupi nesta terça-feira, durante pronunciamento na Câmara dos Deputados.
Ele ainda destacou que não há uma proposta para limitar o crescimento das despesas da Previdência, que dependem de fatores imprevisíveis, como o número de novos aposentados e pensionistas. “Você não pode limitar, porque não temos previsão de quantos serão os aposentados de amanhã”, explicou.
Entre as alternativas discutidas, a equipe econômica propôs limitar o crescimento das despesas obrigatórias em áreas robustas, como Saúde, Educação e Previdência, sugerindo um aumento máximo de 2,5% ao ano, conforme o novo arcabouço fiscal. As negociações continuam, enquanto o governo busca um consenso para ajustar o orçamento sem comprometer áreas essenciais.
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