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Copom e o caminho da economia: Entenda como os juros influenciam seu dinheiro

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Copom e o caminho da economia: Entenda como os juros influenciam seu dinheiro

Como a alta da taxa Selic impacta o seu bolso e as decisões de crédito no Brasil.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Divulgação / Freepik

O Comitê de Política Monetária (Copom) funciona como o motorista da economia brasileira: ele não controla o motor, mas tem o poder de acelerar, frear e corrigir a direção para garantir que o país continue na rota certa. Essa analogia, explicada pelo professor MSc Maurício Takahashi, docente de Finanças, Economia e Métodos Quantitativos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Alphaville, ajuda a entender o impacto das decisões do Copom nas finanças de todos os brasileiros.

Em momentos de aumento rápido nos preços, como se um carro estivesse descendo uma ladeira em alta velocidade, o Copom "pisa no freio" e eleva a taxa Selic, o principal instrumento para controlar a inflação. A mais recente decisão foi em 29 de janeiro de 2025, quando a Selic foi elevada para 13,25% ao ano. Esse movimento visa tornar o crédito mais caro e escasso, o que, por sua vez, reduz o consumo e ajuda a controlar a inflação. Porém, como qualquer freada brusca, essa medida pode desacelerar a economia e afetar alguns setores de forma negativa.

O professor Takahashi explica de forma simples o que ocorre quando o Copom altera a taxa de juros: “Quando você pega dinheiro emprestado, está basicamente trazendo recursos do futuro para usar no presente. Com os juros mais altos, o custo desse empréstimo aumentou, o que significa que financiar um carro, comprar uma casa ou parcelar compras ficará mais caro”, alerta.

Esse aumento nos juros também afeta as empresas. Empreendedores que buscam novos financiamentos para expandir os negócios terão que arcar com custos mais elevados. No entanto, quem já tem empréstimos contratados e cujas dívidas não são indexadas à taxa de juros, não sofrerá alterações imediatas. O grande impacto será sobre o consumo, que tende a diminuir com a desaceleração do crédito, o que pode esfriar a economia.

O especialista também aconselha: “Quem depende de financiamentos deve calcular bem os custos antes de assumir parcelas maiores. O planejamento é fundamental para não se endividar mais do que o necessário”.

Por outro lado, para quem possui dinheiro investido, o cenário pode ser favorável. Com os juros mais elevados, os investimentos de renda fixa, como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI, se tornam mais atraentes. Esses investimentos oferecem retornos mais altos e alta liquidez, ou seja, a possibilidade de resgatar o dinheiro com facilidade quando necessário. “É como deixar seu dinheiro trabalhando para você, sem precisar correr grandes riscos no mercado de ações”, ressalta Takahashi.

Em tempos de oscilações econômicas, o segredo é estar atento às mudanças e saber ajustar a "velocidade" para dirigir melhor nesse caminho de alta e baixa das taxas de juros. Quem acompanha as decisões do Copom e entende seu impacto, consegue navegar com mais segurança pelas estradas da economia.

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