Comércio tem alta nas vendas, mas registra pior semestre desde 2016

O volume de vendas do varejo cresceu 8% em junho, após a alta recorde de 14,4% em maio. Apesar dos números positivos nesses dois meses, o varejo fechou o primeiro semestre com -3,1%, em comparação ao primeiro semestre de 2019. Esse resultado semestral, divulgado nesta quarta-feira, 12, pelo IBGE, é o menor desde o segundo semestre de 2016, com redução de 5,6%.

Com exceção de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, atividade que teve queda de 2,7%, no comparativo com maio, todas as outras atividades analisadas pela pesquisa cresceram.

Os maiores percentuais foram de Livros, jornais, revistas e papelarias, com alta de 69,1%, Tecidos, vestuário e calçados, 53,2%, Móveis e eletrodomésticos, 31% e outros artigos de uso pessoal e doméstico, com acréscimo de 26,1%.

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 22,7%, Combustíveis e lubrificantes, 5,6%, e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 0,7%, foram as demais atividades que tiveram resultados positivos.

Vendas crescem em 24 Unidades da Federação

O volume de vendas foi positivo em 24 Unidades da Federação, com destaque para o Pará, que registrou crescimento de 39,1%, Amazonas, 35,5%, e Ceará, com alta de 29,3%, na passagem de maio para junho. Rio Grande do Sul, -9,0%, Paraíba, -2,4%, e Mato Grosso, -2,0%, foram os estados que tiveram queda nessa mesma comparação.

Comércio cresce 0,5% frente a junho de 2019

O comércio varejista cresceu 0,5% em junho frente ao mesmo mês do ano anterior, contra recuo de 6,4% em maio de 2020, primeira taxa no campo positivo após três meses de quedas seguidas. Já o indicador acumulado nos últimos doze meses indica estabilidade no ritmo das vendas (0,0% em maio e 0,1% em junho).

O comércio varejista ampliado, em comparação a junho de 2019, teve queda de 0,9% contra -15,3% em maio de 2020, quarta taxa negativa consecutiva. Com isso, o varejo ampliado acumulou -7,4% no indicador acumulado no ano de 2020 contra -8,7% acumulado até maio. O indicador acumulado nos últimos doze meses passou de -1,0% até maio para -1,3% até junho. Fonte: A Tarde*