Em sete anos, valor da conta de luz tem reajuste superior à inflação

(Foto: Reprodução)

Nos últimos sete anos, a energia elétrica residencial teve reajustes que atingiram mais que o dobro da inflação no país, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). No período entre 2015 e 2021, o aumento médio anual do serviço foi de 16,3%, enquanto o IPCA, índice oficial que mede a inflação, teve variação de 6,7% ao ano.

De acordo com o presidente executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, ao jornal A Tarde, uma das causas da alta foi a Medida Provisória 579, editada no governo Dilma Rousseff, que provocou um aumento de despesas de quase R$ 200 bilhões no setor, segundo cálculos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e transferiu para o consumidor o risco hidrológico.

Enquanto isso, no mercado livre, onde os clientes negociam contratos com as empresas de energia, os preços oscilaram 25% abaixo da inflação no mesmo período. Porém no Brasil, este mercado só está disponível para clientes com consumo superior a mil kW/mês, o que representa 35% dos consumidores no país.

Diferente do Brasil, onde os distribuidores comprar a energia para distribuir, na Europa, o mercado livre é o único praticado. Porém, no dia 31 de janeiro deste ano, encerrou o prazo para o Ministério de Minas e Energia receber os estudos com cronograma prevendo a abertura do mercado brasileiro. A estimativa da Abraceel é que isso ocorra até 2026.

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