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Economia
O PIB totalizou R$ 2,2 trilhões, no primeiro trimestre.
Por: Camaçari Notícias
(Foto: divulgação)
A economia brasileira cresceu 1,0% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, segundo o resultado do produto interno bruto (PIB) de janeiro o março. O dado foi divulgado nesta quinta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB apresentou crescimento de 1,7%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2022 totalizou R$ 2,249 trilhões, sendo R$ 1,914 trilhão referente ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 335,3 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No primeiro trimestre de 2022, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, abaixo da observada no mesmo período de 2021 (19,7%).
PIB tem elevação de 1,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior
O PIB cresceu na comparação do primeiro trimestre de 2022 contra o quarto trimestre de 2021, na série com ajuste sazonal. Houve queda na Agropecuária (-0,9%), estabilidade na Indústria (0,1%) e elevação dos Serviços (1,0%).
Dentre as atividades industriais, houve avanço nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,6%), Indústrias de Transformação (1,4%) e Construção (0,8%). O único desempenho negativo ocorreu nas Indústrias Extrativas (-3,4%).
Nos Serviços, houve crescimento em Outros serviços (2,2%), Transporte, armazenagem e correio (2,1%), Comércio (1,6%), Atividades imobiliárias (0,7%) e Administração, saúde e educação pública (0,6%). Ocorreram quedas na Informação e comunicação (-5,3%) e na Intermediação financeira e seguros (-0,7%).
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (0,7%) teve crescimento, a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) apresentou estabilidade e Formação Bruta de Capital Fixo (-3,5%) registrou queda.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 4,6% em relação ao quarto trimestre de 2021.
A Indústria apresentou queda de 1,5%. Nesse contexto, a Indústria de Transformação (-4,7%) registrou a maior queda, sendo seu resultado influenciado, principalmente, pela fabricação de máquinas e aparelhos elétricos; fabricação de produtos de metal; fabricação de produtos de borracha e material plástico; indústria moveleira e farmacêutica. Houve recuo também nas Indústrias Extrativas (-2,4%), que foram afetadas pela queda da extração de minérios ferrosos que superou o aumento ocorrido na extração de petróleo e gás.
A Construção (9,0%), por sua vez, teve sua quinta alta consecutiva. A alta na ocupação da atividade corrobora seu crescimento em relação ao ano anterior. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,6%) também cresceu no período, sendo favorecida pela menor geração de energia pelas termoelétricas no período.
O valor adicionado dos Serviços subiu 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As atividades que apresentaram alta foram: Outras atividades de serviços (12,6%), influenciada pela retomada da demanda por serviços presenciais, Transporte, armazenagem e correio (9,4%), Informação e comunicação (5,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,9%) e Atividades Imobiliárias (0,3%). As que tiveram retração foram: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-1,6%) e Comércio (-1,5%).
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 8,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços recuaram 11,0% no primeiro trimestre de 2022. Dentre as exportações de bens, aqueles setores que contribuíram mais para o resultado positivo foram: agropecuária; produtos alimentícios; derivados do petróleo e biocombustíveis; e produtos de metal. Na pauta de importações de bens, a queda se deu principalmente por: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; metalurgia; e produtos alimentícios.
PIB cresce 4,7% no acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2022 apresentou crescimento de 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 4,5% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,9% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (-4,8%), Indústria (3,3%) e Serviços (5,8%).
Todas as atividades industriais apresentaram variação positiva: Construção (11,3%), Indústrias Extrativas (3,2%), Indústria da Transformação (2,0%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,3%).
Nos Serviços, houve resultados positivos para: Transporte, armazenagem e correio (13,7%), Outras atividades de serviços (12,9%), Informação e comunicação (12,3%), Comércio (4,0%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (3,3%) e Atividades imobiliárias (1,3%). Houve queda apenas para Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,9%).
O Brasil também se beneficiou com a alta no preço das commodities, efeito que deve se mostrar mais nos próximos trimestres. As exportações cresceram 5,0%, enquanto importações caíram 4,6%.
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