Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
Publicado em
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies
Economia
Trata-se da maior taxa para um mês de junho desde 2018.
Por G1
(Foto: Adriana Foffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,67% em junho, após ter registrado alta de 0,47% em maio, segundo divulgou nesta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa para um mês de junho desde 2018, quando ficou em 1,26%.
No ano, a inflação acumulada é de 5,49% – a maior no acumulado nos 6 primeiros meses do ano desde 2015 (6,17%).
Em 12 meses, também acelerou para 11,89%, contra os 11,73% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Com o resultado, já são 10 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos e num patamar mais de duas vezes acima do teto da meta oficial para 2022.
O resultado veio um pouco abaixo do esperado. Levantamento do Valor Data com 40 instituições financeiras e consultorias estimava um avanço de 0,71% na taxa de junho e uma alta de 11,92% no acumulado em 12 meses.
“O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%). Nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Apesar de menor do que a taxa registrada em abril, a inflação acumulada em 12 meses é a maior para um mês de junho desde 2003, quando ficou em 16,57%.
Alta disseminada em junho
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em junho. A maior variação foi do grupo Vestuário, com alta de 1,67%. Já o maior impacto veio de Alimentação e bebidas (0,80%), que respondeu por 0,17 ponto percentual do IPCA do mês.
Veja a inflação de junho para cada um dos grupos pesquisados:
Embora disseminada entre todos os grupos, a inflação teve menor espalhamento. O índice de difusão desacelerou de 72% em maio para 67% em junho. Isso significa que dos 377 produtos e serviços investigados pelo IBGE, 252 tiveram alta de preços neste mês - em maio, eram 271 em alta.
De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, trata-se do menor índice de difusão desde novembro do ano passado, quando havia sido de 63%.
Serviços com a inflação mais alta em 7 anos
Considerando apenas os serviços investigados pelo IBGE, o IPCA acelerou de 0,85% em maio para 0,90% em junho. Com isso, o indicador acumulado em 12 meses chegou a 8,73%, índice mais alto registrado desde janeiro de 2015, quando ficou em 8,75%.
Passagem aérea foi o serviço com a maior variação no mês, com alta de 11,32%, bem abaixo do mês anterior, quando a alta havia sido de 18,33%. A segunda maior alta no mês foi a de serviços de streaming, com alta de 8,08%.
Seguro voluntário de veículo e costureira aparecem na sequência com as maiores altas em junho, respectivamente de 4,16% e 2,80%.
Pelo menos seis serviços registraram variação negativa na passagem de maio para junho, ou seja, tiveram deflação. São eles mudança (-3,14%), aluguel de veículo (-2,44%), transporte por aplicativo -2,01%), despachante (-1,53%), depilação (-0,56%) e tratamento de animais (-0,44%).
Vilões da inflação no mês
Entre os itens com maior impacto individual na inflação do mês, o principal destaque foi o plano de saúde (2,99%), que representou sozinho 0,10 ponto percentual do IPCA de junho. O resultado é consequência direta do reajuste de até 15,5% para os planos individuais autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio.
No grupo transportes, as passagens aéreas dispararam 11,32%, acumulando alta de 122,40% em 12 meses.
Entre os combustíveis, o óleo diesel subiu 3,82%. Por outro lado, a gasolina teve recuo de 0,72% e o etanol registrou uma queda de 6,41%. A energia elétrica (-1,07%) também recuou na comparação com o mês de maio.
Entre os alimentos, os vilões do mês foram o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%). Por outro lado, houve recuo nos preços da cenoura (-23,36%), cebola (-7,06%), batata-inglesa (-3,47%) e do tomate (-2,70%).
INPC tem alta de 0,62% em maio
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias de baixa renda e é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS, subiu 0,62% em junho, contra 0,45% em maio.
No ano, o INPC acumula alta de 5,61% e, nos últimos 12 meses, de 11,92%, abaixo dos 11,90% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Expectativa de desaceleração, mas de inflação acima da meta pelo 2º ano seguido
Em 2021, a inflação fechou o ano em 10,06%, bem acima do teto da meta (5,25%), representando o maior aumento desde 2015.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2022 é de 3,5% e só será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
O Banco Central já admitiu oficialmente, porém, que a meta de inflação será descumprida em 2022 pelo segundo ano seguido.
O mercado financeiro reduziu de 8,89% para 7,96% a estimativa para o IPCA deste ano, segundo projeção do boletim Focus, divulgada nesta sexta-feira.
Economistas têm apontado que o cenário é de desaceleração da inflação a partir de julho, especialmente em razão de medidas de redução de impostos, como o teto aprovado para cobrança de ICMS sobre energia elétrica, combustíveis e outros serviços. A queda do preço internacional do petróleo nos últimos dias zerou a defasagem nos preços cobrados pela Petrobras em suas refinarias, reduzindo também a probabilidade de novos altas no diesel e na gasolina no curto prazo.
Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Para tentar trazer a inflação de volta para a meta, o Banco Central tem feito um maior aperto monetário. A taxa básica de juros (Selic) está atualmente em 13,25% ao ano, o maior patamar desde 2016, e o BC já indicou que os juros ficarão em patamar elevado por um período maior de tempo.
A iminente aprovação da a PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera bilhões em gastos públicos a pouco mais de três meses das eleições tem elevado os temores de descontrole fiscal, pressionado o câmbio e reforçando as apostas de uma alta maior da taxa básica de juros (Selic).
Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Economia
22/11/2024 21:00
Economia
22/11/2024 12:45
Economia
22/11/2024 09:50
Economia
22/11/2024 08:50