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Economia
De acordo com o IBGE, economia foi impulsionada pelos setores de indústria.
Por: Camaçari Notícias
O Produto Interno Bruto (PIB), que indica a soma da riqueza produzida pelo país, registrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre do ano (abril a junho) em comparação com três meses anteriores (janeiro a março). É o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,404 trilhões em valores correntes. Os dados são da Agência de Notícias do IBGE*
Esse resultado fez o PIB avançar 2,5% no primeiro semestre do ano. Com isso, a atividade econômica do país está 3,0% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019, e atinge o segundo patamar mais alto da série, atrás apenas do alcançado no primeiro trimestre de 2014. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1º) pelo IBGE.
O crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços. “Os serviços estão pesando 70% da economia, então têm um impacto maior nesse resultado. Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços, estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Com o resultado, o subsetor outras atividades de serviços está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.
Na indústria, a alta de 2,2% foi o segundo resultado positivo consecutivo do setor, após a queda de 0,9% no quatro trimestre do ano passado. Foi a taxa positiva mais alta para a indústria desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando o setor começava a se recuperar dos efeitos da pandemia e tinha uma base de comparação depreciada. Esse crescimento se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.
Consumo das famílias cresce 2,6%
O consumo das famílias cresceu 2,6% no segundo trimestre, maior alta desde o quatro trimestre de 2020 (3,1%). Já o consumo do governo recuou 0,9%, após registrar estabilidade no trimestre anterior (-0,1%). “A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, analisa Rebeca.
“Também houve o crescimento do comércio, tanto do atacado quanto do varejo, o último ligado ao consumo das famílias. Outros pontos são a melhora do mercado de trabalho, com crescimento da massa salarial na comparação anual, a liberação do saque emergencial do FGTS e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS. Tudo isso impactou o consumo, apesar do aumento da inflação e dos juros”, afirma.
PIB cresce 2,5% no primeiro semestre
No primeiro semestre deste ano, o PIB cresceu 2,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Tanto a Indústria (0,2%) quanto os Serviços (4,1%) tiveram resultados positivos. Mas houve declínio de 5,4% na Agropecuária.
“Os serviços impactaram mais esse resultado de 2,5% no semestre. Também nessa comparação, as atividades que mais influenciaram esse crescimento foram outras atividades de serviços, transportes e informação e comunicação. Esse último setor já vinha crescendo antes da pandemia”, diz Rebeca.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o crescimento do PIB foi de 3,2%. A alta foi influenciada pelo crescimento de 4,5% dos serviços, com destaque também para outras atividades de serviços (13,6%) e transporte, armazenagem e correio (11,7%).
Na indústria, houve crescimento de 1,9% frente ao mesmo período de 2021. Esse resultado foi influenciado pelo aumento de 10,8% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, impactada pelo desligamento das usinas térmicas.
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