Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies
Bahia
Ivonete Santos teve duas paradas cardíacas.
Por: Pesquisa Web
(Foto: Reprodução / Redes sociais)
Era por volta das 8h50 da manhã da última terça-feira (27), quando Ivonete Santos Nascimento, de 66 anos, começou a sentir fortes dores no peito enquanto tomava café da manhã. A filha, Lorena Santos, 29, correu para levá-la à Policlínica do Parque Ipê, em Feira de Santana. A informação é do Jornal Correio*
Na unidade de saúde, a idosa foi atendida e, na triagem, foi informada que estava com pressão e glicemia normalizados. Como a idosa ainda se sentia mal, o médico de plantão decidiu fazer um ecocardiograma duas vezes na paciente e identificou que Ivonete tinha sofrido um infarto.
Lorena informou que as "paredes do coração da mãe já estavam comprometidas" e precisava ser transferida com urgência para o Hospital Geral Clériston Andrade, também em Feira de Santana. O coordenador da policlínica fez o pedido de uma ambulância do Samu com urgência, mas as duas esperaram de 9h da manhã até às 12h30.
Nesse intervalo, a aposentada recebeu uma série de medicações, mas nenhuma aliviava as dores. "Chegou um determinado momento, minha mãe parou de gemer de dor e só respondia com os olhares. As enfermeiras perguntavam se ela estava sentindo algo, mas não conseguia falar nada", disse.
Com medo do quadro da mãe agravar, Lorena resolveu contratar uma ambulância particular com UTI - para conseguir levá-la no estado em que Ivonete se encontrava - para o Clériston, mas a unidade de saúde informou que a dona de casa não seria aceita devido às regras de regulação e cancelou o veículo. No início da tarde, a primeira ambulância do Samu chegou, mas o médico informou que a idosa só poderia sair da policlínica se a pressão estivesse estabilizada.
"A pressão da minha mãe já estava estável, não tinha problema algum colocá-la no Samu. Quando ela já estava lá dentro, o veículo começou a apresentar problema e o motorista não conseguiu nem dar a volta no quarteirão direito, voltamos para a policlínica", explica.
No momento em que retornaram à unidade de saúde, Ivonete teve a primeira parada cardíaca. A filha da aposentada perguntou se a mãe poderia ser entubada, para preservar sua saúde, mas teve o pedido negado. Pouco mais de 30 minutos depois, a dona de casa teve a segunda parada cardíaca e morreu.
Segundo a família, minutos antes da morte de Ivonete, o profissional de saúde resolveu entubá-la. A feirense tinha passado por um cardiologista há pouco tempo e os exames estavam dentro da normalidade.
Ivonete deixou além de Lorena, a filha mais velha, Verena Maiane, de 35 anos.
"É inadmissível perder a minha mãe porque não temos uma saúde pública que funcione. Se ela tivesse sido buscada antes, ela estaria aqui comigo agora. Não leva nem 30 minutos para sair da policlínica para o Clésriston, até porque, Feira é uma cidade pequena. Não sei se todos estavam despreparados, mas o erro foi de várias pessoas", desabafou.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Feira de Santana informou que lamenta o falecimento de Ivonete e relatou que o motorista do Samu alegou que o veículo perdia a força na partida assim que saiu da policlínica. "Imediatamente a equipe acionou outra UTI Móvel para dar suporte. Diante da situação, a paciente foi novamente removida para a unidade de saúde. Já na policlínica ela apresentou uma parada cardíaca. A equipe médica conseguiu reverter. Entretanto, na sequência, ela apresentou outra parada, quando não resistiu".
Ainda no comunicado, eles informaram que as ambulâncias do Samu são verificadas periodicamente e que o veículo que apresentou problema, é de 2017. O caso será apurado pela pasta.
Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.
Bahia
Bahia
Bahia
Bahia