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Estudo revela que Bahia possui a segunda menor taxa de escolarização do Brasil

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Estudo revela que Bahia possui a segunda menor taxa de escolarização do Brasil

Apenas 13,3% dos jovens entre 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior.

Por: Camaçari Notícias

Foto: (Foto: reprodução/Pixabay)

A pesquisa Mapa do Ensino Superior no Brasil 2024, divulgada recentemente, mais uma vez expõe as desigualdades na educação brasileira. Na Bahia, a situação é preocupante, com apenas 13,3% dos jovens entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior, classificando o estado com a segunda pior taxa do país nessa faixa etária. Apenas o Maranhão registra uma proporção ainda menor, com 12,1%.

Esses dados alarmantes foram compilados pelo Instituto Semesp, que representa as instituições de ensino superior do Brasil, utilizando informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) referentes a 2022. A análise baseou-se nos dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE e do Censo da Educação do Inep. Vale ressaltar que a mudança na metodologia de cálculo, anteriormente baseada na Pnad Contínua, impossibilita comparações com anos anteriores.

Embora haja um crescimento de estudantes matriculados em cursos à distância, a taxa de escolarização ainda é um obstáculo a ser vencido. O Distrito Federal lidera com a maior taxa de escolarização (36,2%), seguido por Paraná (26,5%) e Santa Catarina (24,4%).

A pesquisa destaca que, apesar do aumento de 488% no número de alunos na faixa etária de até 24 anos nos cursos à distância entre 2012 e 2022 (o maior aumento foi observado entre os maiores de 60 anos, com 577%), essa modalidade ainda não contribui significativamente para a inclusão de jovens no ensino superior e para o aumento da taxa de escolarização líquida do país.

Eniel do Espírito Santo, professor e pesquisador de EAD e tecnologias digitais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (URFB), destaca as especificidades do contexto educacional baiano. Ele ressalta que o estado enfrenta grandes desigualdades sociais e que as políticas de inclusão das universidades públicas ainda não são suficientes para atender à demanda. Muitos jovens nessa faixa etária encontram-se em situações vulneráveis, precisando trabalhar e incapazes de ingressar no ensino superior.

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