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Bahia
Por G1
A greve dos funcionários dos Correios na Bahia completa 10 dias nesta sexta-feira (25). A paralisação, iniciada no dia 15 de setembro, tem adesão de cerca de 80% dos funcionários em todo o estado e provoca atraso nas entregas de correspondências e encomendas, estima o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba).
A categoria se reúne na sexta-feira (25) em assembleia, às 18h, em Salvador. Os servidores participaram de uma caminhada junto com outras categorias de servidores públicos federais, na quarta-feira (24). A reunião deverá decidir sobre o possível acordo entre a classe e a empresa, após audiência de conciliação marcada para as 15h no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A pauta de reivindicações dos trabalhadores é negociada em âmbito nacional entre os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect). “A greve está cada dia mais forte, com mais adesão”, informou a vice-presidente do sindicato, Shirlene Souza. Ela disse que o serviço de entregas de correspondências e encomendas dos Correios está prejudicado no estado.
“As entregas não acontecem normalmente, porque a maioria dos funcionários está parada. A entrega de categorias especiais está mantida, porque tem encomendas, como remédios, em que a entrega tem que ser feita. Caso a encomenda não chegue, orientamos que vá buscar no prédio na Pituba”, afirmou.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, estão a manutenção das condições do plano de saúde e a contratação de aprovados em concursos. “O último concurso é de 2011. A empresa não chama todos os concursados. Temos unidades com menos da metade de funcionários concursos e hoje trabalhamos em dobro. A Bahia é um dos estados mais prejudicados em relação a concursados”, reclamou a sindicalista. A categoria também pede reajuste salarial com base na inflação.
Em nota, os Correios afirmaram que o TST concedeu liminar na terça-feira (22) determinando que as federações nacionais dos trabalhadores garanta o efetivo de 65% em atividade normal em cada unidade. A pena por descumprimento é multa diária de R$ 65 mil.
Segundo o comunicado, quase todas as 20 mil unidades da empresa por todo o país operam com a maior parte do efetivo presente. A empresa conta que cerca de 90% dos trabalhadores não aderiu à paralisação parcial. Nesta quarta (23), segundo os Correios, a obrigatoriedade de manutenção de 65% do efetivo foi descumprida pelas federações em 230 unidades no país.
Ainda assim, o último levantamento da empresa, realizado nesta quarta-feira (23), mostra que 89,74% do efetivo nacional dos Correios não aderiu à paralisação. O porcentual foi calculado por meio de sistema eletrônico de presença. A empresa afirma ainda que o movimento está concentrado na área de distribuição, o que pode provocar atraso na entrega de cartas e encomendas.
Os Correios orientam que os clientes devem esperar seus objetos em casa e rastrear as encomendas no site dos Correios. Já em caso de atraso na distribuição de uma fatura, a empresa diz que o cliente deve recorrer a formas alternativas para o pagamento, como solicitar a segunda via do boleto pela internet.
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