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Rui Costa diz que aglomerações atrasam volta às aulas na Bahia

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Rui Costa diz que aglomerações atrasam volta às aulas na Bahia

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Por: Pesquisa Web

Rui Costa diz que aglomerações atrasam volta às aulas na Bahia (Foto: Wendel de Novais/CORREIO)

O governador Rui Costa falou dos testes de covid-19 que tem realizado em regiões específicas de Salvador para avaliar o retorno às aulas na Bahia. As informações são do Jornal Correio*

"Nós estamos fazendo as testagens na região da Liberdade, Pero Vaz e Pau Miúdo. A ideia é ir monitorando a situação do vírus e o nível de contágio atual na rede escolar. Nós temos identificado pelo menos 10% da rede escolar apresentando covid-19. Isso é um dado que temos e vamos continuar a fazer esses testes", disse.

Rui comentou sobre a queda em até 90% da quantidade de testes RT-PCR realizados em municípios do interior durante o período pré-eleitoral. Em pelo menos oito municípios, a queda foi superior a 50%.  

"Fiz esse apelo ontem e vou repetir hoje. Quero pedir para que os prefeitos e prefeitas para que continuem fazendo testes. O Estado tem teste de PCR. Então, é só solicitar para a Secretaria de Saúde para que a gente possa continuar monitorando a situação do vírus na Bahia, mesmo com a redução da incidência de pessoas procurando a rede hospitalar".

Rui comentou que essas aglomerações em festas e eventos políticos têm retardado a retomada de alguns setores e, principalmente, à volta às aulas.

"Eu fiz uma reunião com o pessoal da Sesab analisando esta situação. A informação dos técnicos é que, se não fosse essa movimentação desse período eleitoral com aglomerações, talvez tivéssemos com números de infectados muito abaixo. A avaliação dos técnicos é que esse movimento segurou a continuidade da queda. Significa que as aglomerações em caminhadas e passeatas políticas e outras situações como festa com paredão geram novos contaminados. Talvez se isso não acontecesse, a gente poderia estar falando de um retorno muito a curto prazo. Mas vamos acompanhar pra ver qual o comportamento do vírus. Nos preocupa muito o desdobramento disso. Me assusta o volume de aglomerações"

Menos exames, mais aglomerações
Em Itaparica, os três candidatos a prefeito promoveram aglomerações nesse final de semana, inclusive compartilhando fotos e vídeos nas suas próprias redes sociais. Pessoas sem máscara, sem distanciamento e consumindo bebidas alcoólicas são vistas nos atos políticos da atual prefeita Professora Marlylda (PSB), que tenta a reeleição, e dos seus opositores Raimundo da Hora (PSD) e Zezinho (PTB).  

O auxiliar administrativo Jounes Santos, 25 anos, morador de Itaparica, até está preocupado com essa realidade, mas admite que participou de um desses eventos. “Vou sempre de máscara, buscando o distanciamento e evitando contatos corporais. Quando preciso tirar a máscara para ingerir algum líquido, me afasto das pessoas”, disse.  

Mesmo com tanta aglomeração, a cidade reduziu em 76% o número de testes feitos no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), segundo os números obtidos com exclusividade pelo CORREIO com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Na segunda quinzena de setembro, 104 testes foram feitos em Itaparica, número que caiu para 25 na primeira quinzena de outubro, período da campanha eleitoral.  

Em entrevista, o secretário estadual Fábio Vilas-Boas já tinha dito que algumas cidades estão se recusando a aplicar testes, com receio do efeito eleitoral negativo que isso poderia causar. “As cidades não estão manifestando interesse. Por isso, a gente reduziu o volume de testes realizados no Lacen”, citou o titular da Sesab. Essa redução foi de 40%: antes eram feitos 5 mil testes por dia, que é a capacidade máxima. Hoje o número está por volta de 3 mil testes por dia.  

A Secretaria de Saúde de Itaparica foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto até o fechamento da reportagem. Desde o início da pandemia, a cidade tem 381 casos de covid-19 confirmados. A Sesab ponderou que não tem como fazer uma conexão direta da redução de testagem com as motivações políticas, já que os números não apresentam a razão dessa redução. “Podem ser diversos fatores, como a própria redução de casos suspeitos", explicaram.  

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