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Ferry e rebocador são afundados na Baía de Todos-os-Santos; Governo investe no turismo subaquático

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Ferry e rebocador são afundados na Baía de Todos-os-Santos; Governo investe no turismo subaquático

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Por: Camaçari Notícias

Fotos: Camila Souza/GOVBA

Um ferry-boat e um rebocador foram afundados na Baía de Todos-os-Santos, nas proximidades de Salvador, nesse sábado (21). O ponto de afundamento fica exatamente a 1,5 quilômetro da costa. Com o afundamento assistido do ferry-boat Agenor Gordilho e do rebocador Vega, a Secretaria do Turismo do Estado (Setur) pretende promover e dinamizar o turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos. 

As duas embarcações submergiram a uma profundidade de 36 metros, em frente ao Yacht Clube da Bahia. A expectativa é de que na próxima semana já sejam realizadas atividades de mergulho no local. 

Esta é a primeira vez que uma embarcação do tipo é afundada de forma proposital e com finalidade turística, como destacou o secretário do Turismo do Estado, Fausto Franco. “Este é um grande marco, pois é a primeira vez na história do Brasil que há um afundamento de um ferry-boat desta magnitude. Nós temos a Baía de Todos-os-Santos, que é esse privilégio, com águas quentes o ano inteiro, dentro da cidade, e que não é explorado na sua intensidade. O turismo subaquático existe no mundo inteiro. Normalmente, as pessoas ficam mais dias na cidade que o de costume, gerando emprego e renda. Nós, que temos tantas diversidades e somos tão privilegiados, agora criamos um outro tentáculo, chancelando essa perspectiva de turismo subaquático”, disse. 

Com 71 metros de comprimento e 19 metros de altura, o Agenor Gordilho fez a viagem inaugural no Sistema Ferry Boat no dia 5 de dezembro de 1972. A embarcação realizou a travessia Salvador-Itaparica durante 45 anos, até o fim de 2017. “Hoje é um dia de grande emoção para a Bahia e para nossa família. Vovô era um empresário, um visionário, um homem fantástico. Ele deu nome ao primeiro ferry-boat, que agora está se eternizando no fundo do mar. Meu avô está se eternizando num momento em que estamos alavancando um projeto de turismo no estado da Bahia”, afirmou Claudia Gordilho. 

De acordo com a Setur, o naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes. A expectativa é de que a embarcação esteja repleta de vida marinha em 12 meses. 

O afundamento do ferry-boat, com abertura das comportas para entrada da água, começou por volta das 12h e teve uma hora de duração. Em seguida foi afundado o rebocador Vega. Estiveram envolvidas na ação a Marinha e as secretarias do Meio Ambiente (Inema), Infraestrutura (Agerba) e Administração (Patrimônio), além da Setur. 

Para viabilizar o afundamento, foram feitos estudos prévios de localização e de impactos ambientais. Óleos e combustíveis da embarcação foram removidos para atender às especificações ambientais, assim como peças que oferecessem riscos aos futuros mergulhadores. 

 

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