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Lagosta está desaparecendo da costa baiana, dizem especialistas

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Lagosta está desaparecendo da costa baiana, dizem especialistas

A pesca predatória pode ser um dos fatores de risco

Por: Camaçari Notícias

(Foto: Melquíades Junior)

Considerada por muitos como “comida de rico”, a lagosta está sumindo da costa baiana. É o que dizem pescadores e vendedores do crustáceo. De acordo com o jornal Correio, especialistas apontam que o sumiço do animal da nossa costa se deve a diversos fatores, como falta de fiscalização, desrespeito no período de defeso, pesca predatória e falta de estudos sustentáveis.

Se o produto está faltando para os consumidores locais, a fartura é garantida para quem compra lá fora. Isso porque só em 2021, a Bahia exportou 282.765 toneladas de lagosta, gerando mais de 16 milhões de dólares, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior do Ministério da Economia. Até o mês de abril deste ano, já foram exportadas 119 toneladas.

De acordo com o Correio, 90% da pesca da lagosta é destinada ao exterior, principalmente para os Estados Unidos e a China. Porém, a exportação depende da demanda e a oferta não significa que seja de animais capturados naquele ano, pois também estão incluindo pescados de estoques anteriores.

Em entrevista ao Correio, o engenheiro de Pesca pela Universidade Federal do Ceará e doutor em Ciências da Engenharia Ambiental pela USP, José Augusto Negreiros disse que o número de lagostas exportadas não significa fartura no mar, já que hoje não existe qualquer programa de monitoramento das pescarias de lagostas no Brasil.

Um estudo realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2014, já mostrava a diminuição das espécies mais capturadas no Brasil. Na pesquisa, a população de lagostas teve uma redução de 30% no período de 40 anos (1974-2014). A tendência, segundo o estudo, é continuar diminuindo e chegar a outros 30% até 2029.

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