Julgamento do motorista envolvido no assassinato de Sara Freitas acontece em abril

O corpo de Sara Freitas foi encontrado carbonizado às margens da BA-093, na altura de Dias D’Ávila.

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) agendou para o dia 15 de abril o julgamento de Gideão Duarte de Lima, acusado de participar do assassinato da cantora gospel Sara Freitas, ocorrido em outubro de 2023, em Dias d’Ávila.

Ele será o primeiro réu a ser julgado, após o desmembramento do processo. O júri ocorrerá às 8h30 no Fórum de Dias d’Ávila. Os outros três acusados são Ederlan Santos Mariano (ex-marido de Sara), Weslen Pablo Correia de Jesus (Bispo Zadoque) e Victor Gabriel Oliveira Neves. Todos enfrentam acusações de feminicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.

O julgamento de Gideão será acompanhado pela acusação, que afirma ter provas consistentes para condenar os réus.

Em entrevista à Rede Bahia, o advogado criminalista Rogério Matos, que representa a família de Sara Freitas, explicou que apenas Gideão Duarte de Lima não recorreu da decisão de pronúncia, o que permitiu o avanço do processo para o julgamento em abril. "Os demais denunciados seguem em grau de recurso, aguardando posicionamento do Tribunal de Justiça para que, posteriormente, sejam marcadas suas respectivas datas", afirmou Matos.

Relembre o crime

O corpo de Sara Freitas, cantora gospel, foi encontrado carbonizado às margens da BA-093, em Dias D'Ávila, em 27 de outubro de 2023. Seu marido, Ederlan Mariano, reconheceu os restos mortais. Ela havia desaparecido três dias antes, após sair de casa para um evento religioso.

A identificação inicial foi feita por objetos encontrados ao lado do corpo. Ederlan foi preso no mesmo dia, com informações iniciais sugerindo uma confissão, que foi negada pela defesa. A investigação levou à prisão de Weslen "Bispo Zadoque", Gideão Duarte e, mais tarde, Victor Gabriel Oliveira.

Zadoque e Gideão são acusados de envolvimento direto no crime. Zadoque, conhecido por atuar como "receptor" de vítimas, teria atraído Sara com a promessa de um culto inexistente. Gideão, motorista da vítima, a entregou a Zadoque. Victor Gabriel, que também é cantor, foi preso como quarto suspeito, acusado de participar do homicídio e da ocultação do cadáver.

Em dezembro, o Ministério Público denunciou Ederlan, Zadoque, Gideão e Victor por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. A motivação do crime, segundo o MP, foi o desejo de se apoderar da imagem pública de Sara para lançar a carreira de Victor Gabriel, com lucros futuros.

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