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Caso Luana: Polícia encontra sangue e sêmen durante perícia na casa de ajudante de pedreiro que confessou ter matado menina
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Adolescente foi encontrada morta e enterrada no local examinado.
Por G1
A delegada Caroline Borges Braga responsável pela investigação da morte da adolescente Luana, de 12 anos, revelou, nessa quinta-feira (1), que foi encontrado sangue e sêmen durante perícia realizada na casa de ajudante de pedreiro que confessou ter matado a menina. Luana desapareceu há quatro dias após ir à padaria foi encontrada morta e enterrada na casa do pedreiro, no setor Madre Germana II, em Goiânia.
Luana desapareceu no domingo (27), após ir em um estabelecimento localizado a cerca de 400 metros da casa dela. Ela foi encontrada morta na terça-feira (29), na casa de Reidimar, que confessou ter matado e enterrado a menina. No mesmo dia, a Polícia Técnica Científica realiza a perícia do local do crime.
Os policiais cavaram dentro e fora da residência em busca dos restos mortais de Luana. A delegada Caroline aguarda o laudo das buscas no terreno para prosseguir com o processo.
Na casa, que segundo a polícia, o homem havia alugado há apenas quatro dias antes do crime, na sexta-feira (25), foi realizada uma perícia com luminol para ver se existia vestígio de sangue no local. O gerente de criminalística Olegário Augusto relembrou que o exame foi realizado na terça-feira a noite.
“Por ser um exame que usa quimioluminescência, ele tem que ser feito durante à noite, porque a luz do dia atrapalha a visualização da reação química, que faz brilhar. Esse brilho é tênue, então, se for feito de dia, a gente não consegue visualizar”, explicou.
A partir do exame, foi possível detectar a presença desses materiais biológicos no local.
"O exame foi feito e tiveram esses achados. Indica a presença de sangue e a presença de esperma", explicou Olegário.
No entanto, ele ressalta que, mesmo com o luminol tendo indicado a presença de sangue e do sêmen, os materiais foram encaminhados para o laboratório de biologia forense para que seja possível confirmar o que foi indicado.
"Assim como o luminol brilha na presença de sangue, a luz forense brilha na presença de esperma, saliva e outras secreções", explicou.
"No laboratório de biologia forense será detectado se realmente é esperma ou não e sendo esperma vai ser coletado o DNA, levantado o perfil e confrontado com o perfil do suspeito", complementou.
A polícia complementa que além da confirmação da indicação do sangue e do sêmen, o laboratório de biologia forense também poderá confirmar a quem pertence os materiais, sendo que o sangue pode ser de um animal, da vítima, do suspeito, ou até de outras pessoas.
Crime contra Luana
A menina de 12 anos desapareceu no domingo (27), após ir a uma padaria localizada a cerca de 400 metros da casa dela. Vídeos de câmeras de segurança mostram parte do percurso realizado pela menina na ida e na volta do estabelecimento. O autor do crime disse à Polícia Civil que matou a adolescente enforcada e colocou fogo no corpo antes de enterrar a vítima. Ele ainda contou que utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo da menina.
O homem ainda jogou cimento por cima da cova, o que dificultou a descoberta. Ele teria convencido a menina a entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela e iria fazer o pagamento. Ao ser preso em sua residência, ele também confessou ter tentado estuprar a menina antes de matá-la e disse não haver motivação para o crime. Um vídeo registrado pela polícia mostra o momento em que o pedreiro confessou os crimes à corporação.
O homem foi preso em flagrante pela ocultação do cadáver e teve a prisão convertida em preventiva na quarta-feira (30). Ao g1, a Defensoria Pública de Goiás explicou que realizou a audiência de custódia do acusado, pois ele ainda não constituiu defesa.
Além do crime cometido contra Luana, a delegada que investiga o caso não descarta que o homem tenha cometido crimes contra outras vítimas. O homem que já foi preso pelos crimes de roubo e estupro, agora deve responder por tentativa de estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele segue preso na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) já ouviu o depoimento dos pais da vítima e os familiares e vizinhos do suspeito. Na quarta-feira, foram ouvidos o dono do imóvel alugado pelo pedreiro, em que o corpo de Luana foi encontrado, e a dona de uma Lan-House, que forneceu as imagens das câmeras do estabelecimento.
O corpo de Luana ainda estava no Instituto Médico Legal (IML) até às 16h desta quarta-feira, segundo o órgão. Segundo a Polícia Científica, há dez peritos trabalhando no caso. A Polícia Civil aguarda os laudos para concluir a investigação da morte de Luana.
Desaparecimento
A menina sumiu na manhã do último domingo (27), no setor Madre Germana 2. A diarista Jheiny Hellen, de 31 anos, contou que a filha foi ao estabelecimento com R$ 10. Segundo a mãe, Luana nunca saiu de casa sem avisar e não passava por problemas pessoais ou de saúde.
A Polícia Civil iniciou a investigação na segunda-feira (28) e o suspeito do caso foi ouvido na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O carro dele foi enviado para o Instituto de Criminalística, na capital, para ser periciado.
Imagens de câmera de segurança mostraram Luana indo e em seguida voltando da padaria com uma sacola na mão. Quando a adolescente entrou na rua de casa, o circuito de monitoramento não filmou e ela não foi mais vista.
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