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Polícia pede prisão temporária de homem que soltou rojão e matou turista durante o Réveillon
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Elisângela Tinem morreu após ser atingida por rojão na Praia Grande.
Por G1
Elisângela Tinem morreu após ser atingida por rojão na Praia Grande — Foto: Reprodução/Facebook
A Polícia Civil pediu a prisão temporária do homem responsável por ter soltado um rojão que atingiu e matou Elisângela Tinem, de 38 anos. A moradora de São Paulo passava a virada do ano na faixa de areia em Praia Grande, no litoral de São Paulo, quando foi atingida pelo artefato na região do tórax.
O acidente aconteceu no trecho de praia na altura do bairro Nova Mirim. O vídeo, obtido pelo produtor Luiz Linna, da TV Tribuna, emissora afiliada à TV Globo, mostra que o rojão estava posicionado a alguns metros de distância de Elisângela. O acidente aconteceu em menos de 10 segundos, do momento da ignição à explosão do artefato.
“A gente consegue visualizar que a pessoa que soltou está de branco, com uma bermuda vermelha”, disse o delegado responsável pela investigação, Alex Mendonça do Nascimento, em entrevista ao programa Encontro com Patricia Poeta, no dia 5 de janeiro.
O setor de investigação analisou 20 horas de imagens recuperadas das câmeras de monitoramento do município, de condomínios, comércios e residências próximas ao local do crime. Após as análises, a polícia conseguiu identificar que o responsável por soltar um rojão utilizou um carro preto em Praia Grande.
O veículo, segundo a polícia, está em nome de um homem que já morreu. O mesmo carro circulou pela capital paulista e pela cidade de Diadema (SP). Em São Paulo, a Polícia Civil localizou e abordou o carro com quatro pessoas, sendo uma mulher e três homens, todos envolvidos na ocorrência do Réveillon.
O grupo contou aos policiais o que ocorreu no dia do acidente. Eles apontaram que havia mais uma pessoa envolvida no caso, a que teria soltado o rojão. A policia foi até a casa do quinto suspeito, que também mora na capital paulista, na Vila Santa Catarina. Ele foi encontrado e apresentado as autoridades policiais.
O delegado falou nesta terça-feira (17), e confirmou que o homem que aparece nas imagens, com bermuda vermelha, foi identificado pela polícia. "Foi pedido a prisão temporária do suspeito, após a identificação dele. Estamos aguardando a decisão do juiz", explica. Somente após a decisão da Justiça é que a polícia poderá prendê-lo. "Enquanto isso, o homem está sendo monitorado por policiais", disse Mendonça.
Relato
Tamiris Tinem, irmã de Elisângela, contou que estava ao lado dela quando a tragédia aconteceu na faixa de areia da praia localizada no bairro Nova Mirim. Ela relata que, assim começou a queima de fogos na noite do dia 31 de dezembro, todos viram uma luz muito forte vindo na direção da família.
"Infelizmente, acertou a minha irmã em cheio. Quando vimos as faíscas não percebemos que era realmente um rojão. Nossa reação foi ir em direção a ela para ajudar, mas quando demos o primeiro passo, o rojão explodiu. Minha irmã não teve nem tempo de pensar em se salvar. Ela já caiu morta, tudo isso na nossa frente. Foi a pior cena de toda a nossa vida”, relembra Tamiris.
Além da PM, o Samu também atendeu o caso. De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, o serviço foi acionado para socorrer uma vítima de queimadura e explosão ocasionada por fogos de artifícios. Os profissionais identificaram que a mulher havia sido atingida pelo artefato na região do tórax. Ela teve a morte constatada no local.
Quem era Elisângela
A mulher que morreu após um rojão ficar preso no corpo dela e explodir logo após a virada do ano, na Praia Grande, litoral de São Paulo, era Elisângela Tinem, de 38 anos, moradora da capital paulista.
Mãe de dois filhos, Elisângela foi velada e sepultada no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo. Parentes e amigos de Elisângela prestaram homenagens nas redes sociais.
"Meu Deus, eu não estou acreditando. Meus sentimentos a todos da família. Que Deus possa confortar o coração de vocês nesse momento tão difícil. Estarei orando pela família", escreveu uma amiga. "Que tragédia! Que Deus conforte o coração de toda família e dê a ela o descanso eterno", publicou outro perfil.
Lei proíbe fogos
A ocorrência foi registrada como homicídio e lesão corporal culposa na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande (CPJ). O caso foi encaminhado ao 1º DP da cidade, que tenta identificar e encontrar o autor do crime.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande ressaltou que, de acordo com Lei Municipal n° 744, de outubro de 1991, é proibido a venda e comercialização de fogos de artifício na cidade. É também o proibido o manuseio, a queima e a soltura de fogos de acordo com a Lei nº 1986 de 8 de abril de 2020 e suas alterações posteriores, como a Lei nº 2143 de 20 de dezembro de 2022.
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